Brasil, 21 de agosto de 2025
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Harvard nega diploma de empresário suspeito de homicídio em BH

Instituição afirma que Renê da Silva Nogueira Júnior nunca estudou lá. Ele é acusado de matar gari durante discussão de trânsito.

A Harvard Business School divulgou uma nota nesta quinta-feira, 14 de agosto, esclarecendo que não existe registro do empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, 47 anos, como ex-aluno da instituição americana. Renê é acusado de homicídio após a morte do gari Laudemir de Souza Fernandes, que levou um tiro durante uma discussão de trânsito na cidade de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

“Não temos registro de Renê da Silva Nogueira Júnior tendo frequentado ou recebido diploma da Harvard Business School”, afirmou a instituição.

O perfil de Renê no LinkedIn, que foi desativado após a repercussão do crime, indicava que ele havia completado um curso chamado “Harvard Managementor”, um programa de desenvolvimento em liderança e gestão corporativa. Além disso, a página taxas dizendo que ele possuía um diploma da Harvard.

Entenda o caso

A Polícia Civil prendeu Renê na segunda-feira, 11 de agosto, após ele ser suspeito de matar a tiros o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos. O crime ocorreu enquanto a vítima trabalhava na coleta de lixo na região.

De acordo com testemunhas, Laudemir e outros garis estavam realizando a coleta quando o empresário passou de carro e pediu que o caminhão fosse retirado da via para que pudesse passar com seu veículo elétrico. Após uma breve troca de palavras com a motorista do caminhão, Renê desceu do carro armado e disparou contra a vítima, atingindo-a na região da costela. Após o ato, ele fugiu do local.

Apesar de ter sido socorrido imediatamente e levado para um hospital, Laudemir não resistiu aos ferimentos, e a causa do falecimento foi identificada como hemorragia interna causada pelo projétil que ficou alojado em seu corpo. A motorista do caminhão relatou que havia espaço suficiente para o carro passar e que a reação de Renê foi desproporcional. Segundo ela, o empresário teria ameaçado disparar contra seu rosto durante a confusão.

Prisão e investigação

Renê foi localizado e preso algumas horas depois em uma academia de luxo no bairro Estoril, em Belo Horizonte, em um operação conjunta das polícias Civil e Militar. Ele foi autuado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de ameaça contra a motorista do caminhão de coleta.

O armamento utilizado no crime, uma pistola calibre .380, está sendo analisada pela Corregedoria da Polícia Civil, visto que a arma estava registrada em nome da esposa de Renê, a delegada Ana Paula Lamego Balbino. O caso segue sendo investigado para avaliar possíveis falhas na guarda do armamento.

Assim, o trágico acontecimento levanta discussões sobre a implicância de atos de violência em situações cotidianas e a responsabilidade social no trânsito. A comunidade aguarda ansiosamente por desdobramentos e justiça para Laudemir e sua família.

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