Brasil, 15 de agosto de 2025
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Explorando os detalhes e segredos de “Weapons”: referências, easter eggs e significados ocultos

Filme de terror de Zach Cregger revela referências escondidas, símbolos ocultos e teorias intrigantes que enriquecem a experiência.

O sucesso de “Weapons”, dirigido por Zach Cregger, em 2025 levou os fãs a uma imersão profunda nos detalhes escondidos e nas referências culturais presentes na obra. Desde referências a Stephen King até simbolismos de ocultismo, o filme reserva várias camadas de significado para quem gosta de análises meticulosas.

O número 217 e suas múltiplas referências

Um dos elementos mais discutidos é o número 217, presente na hora em que as crianças saem de casa (2h17). Muitos fãs perceberam que essa referência remete ao clássico “O Iluminado”, de Stephen King, no qual Room 217 é palco de eventos sobrenaturais. No livro, a Room 217 existe de fato no Hotel Stanley, em Estes Park, Colorado — local que inspirou a história.

Na adaptação de Kubrick, esse número foi trocado para 237, para evitar que os hóspedes evitassem o Room 217 real, que possui sua própria reputação de assombrada. No entanto, no universo de “Weapons”, o número mantém seu significado simbólico, reforçando a conexão com o horror clássico.

Outros esconderijos do número 2:17

O número aparece ainda na proporção de pessoas deixadas na cena (Justine e Alex) em relação ao total de estudantes que desaparecem na sala de aula, formando a proporção 2:17. Além disso, os sete protagonistas (Justine, Archer, Paul, James, Marcus, Alex e Gladys) cada um com 12 minutos — que, invertidos, formam 2:17 — reforçam essa referência numérica.

Temas políticos, parasitas e simbolismos ocultos

Há também uma forte teoria que associa o número 217 a uma votação de 2022 nos EUA, que aprovou uma tentativa de banir armas de assalto, simbolizando uma crítica social subjacente na narrativa. Além disso, o filme faz referências sutis a parasitas, simbolizando o comportamento de Gladys como uma parasita emocional e até literal, com elementos visuais como o quadro na sala de aula e a menção ao fungo cordyceps, que controla outros seres.

Símbolos misteriosos e bruxaria

Numa das cenas, um símbolo como “⛛6” é gravado na campainha de Gladys — uma combinação que muitos interpretam como uma referência a rituais de bruxaria, dado o significado do triângulo na simbologia ocultista como símbolo de sabedoria e magia feminina. A repetição do número 6 também remete a associações com o diabo, como o famoso “666”.

Teorias e influências históricas

Outra teoria popular sugere que Gladys poderia não ser apenas uma tia, mas uma bruxa ou entidade sobrenatural que habita seu corpo. Essa hipótese é reforçada por referências ao termo antigo “consumption” (tuberculose), usado no século XIX e mencionado na narrativa, além das ligações com o passado de alcoolismo do diretor Cregger, simbolizado pelo logotipo de círculos e triângulos do título, semelhantes ao símbolo dos Alcoólicos Anônimos.

Inspirações e bastidores

Apesar de seus mistérios, “Weapons” foi inspirado pelo estilo de filmes como “Magnolia” de Paul Thomas Anderson, especialmente na abordagem subjetiva de cada capítulo, usando perspectivas distintas dos personagens, incluindo a visão em terceira infância de Alex. Cregger também comentou que sua história começou sem um plano prévio, evoluindo naturalmente a partir de uma questão central: “Por quê?”

O elenco passou por mudanças de última hora, com nomes como Pedro Pascal e Renate Reinsve inicialmente escalados, mas substituídos por Josh Brolin e Julia Garner devido a conflitos de agenda. Produtores como Jordan Peele ficaram envolvidos na disputa pelos direitos do filme, que acabou adquirindo a Universal por 38 milhões de dólares, marca que mostra o potencial de “Weapons” no cenário de horror contemporâneo.

Curiosidades e detalhes de produção

O filme também reserva várias curiosidades, como o fato de Cregger ter pintado a palavra “Witch” na carro de Julia Garner durante um almoço, e a construção de um cenário de obstáculos para treinar os atores mirins. Além disso, o narrador da história, dublado por Scarlett Sher, não é um personagem do filme, mas uma criação para aumentar o mistério.

Ao longo do projeto, a equipe de produção cuidou para preservar animais e fabricar detalhes autênticos, reforçando o compromisso com o realismo e o clima sombrio da narrativa. O filme, portanto, é uma mistura de referências culturais, simbolismos ocultistas e uma narrativa que deixa múltiplas interpretações abertas.

Perspectivas e impacto na cultura pop

Com uma produção carregada de detalhes e camadas de significados, “Weapons” promete se consolidar como uma peça fundamental na discussão sobre horror psicológico e simbologia oculta. As teorias dos fãs e as referências de bastidores apenas aumentam a sua aura de mistério, fazendo do filme um fenômeno cultural em 2025.

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