Brasil, 15 de agosto de 2025
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Diego Ventura, líder bolsonarista, é condenado e fica foragido

Condenado a 14 anos de prisão, Diego Ventura é alvo de mandado de prisão após romper tornozeleira eletrônica e se tornar foragido.

Diego Dias Ventura, uma das figuras centrais nos atos antidemocráticos realizados em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023, foi condenado a 14 anos de prisão por sua participação nos eventos que abalaram a democracia brasileira. Recentemente, um mandado de prisão foi expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após Ventura ser considerado foragido, em decorrência do rompimento da tornozeleira eletrônica que o monitorava.

A condenação e o rompimento da tornozeleira

Ventura foi sentenciado no dia 1º de julho pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio público tombado e associação criminosa armada. Apesar de sua condenação, ele conseguiu romper a cinta da tornozeleira eletrônica em sua residência em Campos dos Goytacazes, no mesmo dia em que foi condenado. A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap-RJ) notificou o STF sobre o ocorrido em 6 de agosto, revelando que a bateria do dispositivo havia se esgotado no dia seguinte ao rompimento.

Medidas cautelares e a fuga

As medidas cautelares impostas ao réu incluíam a supervisão por meio da tornozeleira eletrônica e a obrigação de se apresentar semanalmente à Justiça. Contudo, o descumprimento dessas determinações resultou em nova prisão preventiva, conforme afirmado por Moraes em sua ordem, que descreveu a atitude de Ventura como “uma evidente tentativa de evasão” e um desrespeito deliberado às normas do STF.

Participação nos atos antidemocráticos

Diego Ventura foi um dos líderes do acampamento bolsonarista localizado em frente ao quartel do Exército em Brasília, onde apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram após as eleições de 2022. Ele foi preso anteriormente, durante a Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, em dezembro de 2022, quando tentava se aproximar do STF com um grupo de apoiadores. Na ocasião, a Polícia Militar encontrou com o grupo estilingues, uma faca e rádios comunicadores, indicando a potencial intenção de um conflito.

Relações e articulações dentro do movimento

Além de sua liderança no acampamento, Ventura era próximo de Ana Priscila Azevedo, citada em relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) como uma das principais articuladoras dos atos antidemocráticos. Azevedo também foi condenada a 17 anos de prisão em dezembro de 2024 por seu envolvimento nos eventos de janeiro.

Em meio à agitação política, Diego Ventura se destacou nas redes sociais, onde fazia postagens frequentes em apoio ao ex-presidente e organizava arrecadações para o acampamento. Um desses relatos pedia verba para itens básicos, como água potável, demonstrando o tipo de organização sendo montada pelos apoiadores de Bolsonaro durante aquele período.

Embora a defesa de Ventura tenha sido procurada, ainda não houve manifestação sobre sua situação após o rompimento da tornozeleira. O espaço está aberto para futuros comentários.

O cenário atual

A fuga de Diego Ventura representa não apenas uma violação das medidas impostas pela Justiça, mas também um reflexo das tensões políticas que persistem no Brasil. O STF e autoridades competentes estão intensificando a resposta a casos como o de Ventura, mostrando que não há espaço para a impunidade em relação aos crimes que ameaçam a democracia brasileira.

Com o ambiente político ainda agitado e a polarização crescendo, a sociedade brasileira observa atentamente como as autoridades vão agir para restabelecer a ordem e a segurança jurídica. A busca por Ventura é um exemplo claro de que a Justiça está determinada a responsabilizar aqueles que tentam desestabilizar o Estado democrático de Direito.

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