A nova campanha da e.l.f. estrelada pelo humorista Matt Rife foi alvo de duras críticas nas redes sociais, devido às piadas do comediante sobre violência doméstica. O anúncio apresenta Rife como o advogado fictício “E.l.f.ino”, ao lado da drag Heidi N Closet, numa paródia que remete aos comerciais de escritórios de advocacia da década de 2000, mas que acabou sendo considerada de mau gosto por muitos consumidores.
Reações negativas e críticas por uso de humor inadequado
Internautas destacaram a insensibilidade da campanha, especialmente por causa de comentários do próprio Rife em seu especial de 2023, “Matt Rife: Natural Selection”, onde fez piadas sobre violência física contra mulheres. Um dos momentos polêmicos inclui uma piada sobre uma mulher que teria recebido um olho roxo por não cozinhar bem, o que foi amplamente repudiado nas redes sociais.
Após o episódio, o comediante ofereceu uma “desanimada” desculpa e, em outro momento, afirmou que uma criança recebeu presentes de Natal com dinheiro ganho no OnlyFans de sua mãe. Tais declarações reforçaram a visão negativa de parte do público, que considera as piadas de Rife misóginas e inadequadas.
Reação das plataformas e dos fãs
Apesar das críticas, seguidores de Rife nas redes sociais defenderam o artista. No Instagram, por exemplo, fãs elogiaram sua postura no post da campanha, enquanto outros, incluindo influenciadores de beleza, criticaram a sinergia da marca com um humor tão carregado de insensibilidade. Veja os posts.
O debate também foi alimentado por uma comparação com a campanha recente da American Eagle com Sydney Sweeney, que enfrentou críticas por suposta promoção de valores ligados à supremacia branca, revelando um momento de grande polarização nos debates sobre publicidade e responsabilidade social.
Controvérsia e o impacto na reputação da marca
Especialistas e ativistas questionaram a escolha da e.l.f. de usar um humor considerado de mau gosto para promover seus produtos. Segundo Clark, especialista em responsabilidade social, “não há como ignorar o momento de crise mundial de violência contra a mulher”.
“Por que plataformas de marketing continuam a promover figuras públicas cujas piadas reforçam estereótipos nocivos?”, questiona Clark, cujo vídeo sobre o assunto acumulou mais de 160 mil visualizações.
Perspectivas futuras e reflexões
O caso da campanha da e.l.f. evidencia a crescente sensibilidade do público em relação ao conteúdo que associa marcas a figuras públicas com passados controversos. A repercussão reforça a necessidade de campanhas mais conscientes na construção de uma imagem responsável perante o consumidor.
Enquanto o vídeo de Rife foi bem recebido por seus seguidores, a controvérsia mostra que marcas precisam avaliar cuidadosamente o impacto social de suas ações — especialmente ao abordar temas delicados como violência doméstica.
Esta história ilustra o momento de forte debate na publicidade brasileira, onde o limite entre humor e respeito aos direitos humanos se torna o grande diferencial na preferência do público.