Um incidente trágico ocorreu na Praia do Moçambique em Santa Catarina, onde uma embarcação atropelou uma baleia-franca e seu filhote. O momento foi registrado em vídeo por Eduardo Castro, um fotógrafo que estava filmando a praia com um drone. A cena chocante levou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Federal (PF) a intervir e apreender a embarcação responsável pelo evento.
Registro do acidente
O incidente, que ocorreu em 22 de julho, foi amplamente divulgado após a publicação do vídeo nas redes sociais. Nas imagens, é possível observar o barco, um modelo Fishing Raptor, passando por cima da cauda da baleia, que estava acompanhada de perto pelo seu filhote. A repercussão do caso gerou indignação entre ambientalistas e a população em geral, destacando a necessidade de mais proteção para esses animais ameaçados.
O fotógrafo, ao relatar o ocorrido, expressou sua preocupação com a segurança dos cetáceos. “Estava registrando três mães com seus filhotes quando vi a embarcação se aproximando. Achei que o barco fosse atingir a baleia com força”, comentou Castro em entrevista à NSC.
Consequências e penalidades
Após o incidente, o Ibama não hesitou em agir. A embarcação foi apreendida e o uso do barco foi suspenso até 15 de novembro, marco que encerra a temporada de reprodução das baleias-francas, que ocorre de julho a novembro nas águas catarinenses. As autoridades alegaram que houve infração à portaria do Ibama e a um decreto federal, com penalidades que podem chegar a R$ 12,5 mil. Além disso, o proprietário do barco pode enfrentar penalizações criminalmente, podendo ser condenado de dois a cinco anos de prisão por molestar intencionalmente cetáceos em águas brasileiras, conforme a Lei nº 7.643/1987.
A importância da preservação das baleias-francas
As baleias-francas (Eubalaena australis) são uma espécie em perigo de extinção e são conhecidas por retornar ao litoral de Santa Catarina para se reproduzir e amamentar seus filhotes. A presença dessas majestosas criaturas no nosso litoral tem um papel ecológico crucial, e sua proteção é essencial para a conservação dos ecossistemas marinhos.
Essa situação serve como um alerta para a importância da fiscalizações e orientações quanto à convivência harmoniosa com a vida marinha. O Ibama destacou que continuará a fiscalizar as áreas de reprodução e fortalecer a conscientização da sociedade acerca das melhores práticas para proteger esses animais.
Além disso, iniciativas de sensibilização e educação ambiental são fundamentais para garantir que o respeito aos habitats naturais se mantenha, evitando que casos como o recente atropelamento se repitam. A sensibilização da população pode ajudar a criar um ambiente mais seguro e livre de riscos para as baleias e outros seres marinhos.
Os riscos da abordagem não regulamentada
A aproximação a cetáceos pode resultar não apenas em danos aos animais, mas também oferece riscos à segurança humana. Os especialistas alertam que o respeito às diretrizes de navegação e observação de animais marinhos é crucial para evitar tragédias como a que ocorreu na Praia do Moçambique.
O caso teve repercussão significativa nas redes sociais, onde as pessoas manifestaram sua indignação e solicitaram ações mais rigorosas para proteger a fauna marinha. Com mais de 2.000 comentários e compartilhamentos, a notícia sobre o atropelamento da baleia-franca se tornou um tema em evidência, gerando discussões sobre a necessidade urgente de regulamentação e fiscalização das práticas de navegação no litoral brasileiro.
Esperamos que esse incidente trágico seja um catalisador para melhorias nas políticas de proteção das baleias-francas e outros cetáceos, assegurando que esses animais majestosos continuem habitando nossas águas.
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