Brasil, 14 de agosto de 2025
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Aluguéis em Manhattan atingem recorde com US$ 4,7 mil

Os aluguéis de apartamentos em Manhattan registraram o quinto recorde nos últimos seis meses, atingindo média de US$ 4.700 em julho.

Segundo dados da avaliadora Miller Samuel e da imobiliária Douglas Elliman, os contratos de aluguel em Manhattan chegaram à média de US$ 4.700 em julho, uma alta de US$ 75 em relação a junho. Os aluguéis subiram 9,3% na comparação anual, o segundo maior aumento desde 2008, refletindo a intensa competição no mercado de imóveis.

Aumento recorde e competição acirrada no mercado de aluguéis

Para os nova-iorquinos, julho costuma ser um dos meses mais movimentados no mercado de aluguel, devido à chegada de universitários e às mudanças familiares antes do recesso escolar. No entanto, Jonathan Miller, presidente da Miller Samuel, afirma que o aumento deste ano “não tem precedentes”.

“Os preços dos aluguéis têm estado em níveis recordes durante a maior parte deste ano”, declarou Miller. “Nunca antes vi aluguéis tão altos”. A proporção de contratos assinados após disputas entre interessados atingiu 29%, um recorde histórico, indicando forte competição entre os candidatos a imóveis.

Impacto desigual entre segmentos e regiões

Embora o crescimento seja geral, o impacto foi mais forte nos aluguéis mais acessíveis. A mediana do segmento inferior — os 30% mais baratos do mercado — aumentou 14% em relação ao ano anterior, chegando a US$ 3.200 (cerca de R$ 17 mil). Já no setor de luxo, os 10% mais caros tiveram aumento de apenas 5%, com mediana de US$ 10.500 (cerca de R$ 56 mil).

Prédios sem porteiro, tradicionalmente mais acessíveis, tiveram uma alta quase duas vezes maior do que os edifícios com porteiro, segundo o relatório. A maior acessibilidade desses imóveis explica, em parte, a maior variação nos preços.

Causas e efeitos do mercado de aluguel em alta

As altas taxas de hipoteca estiveram entre os fatores que explicam esse cenário. Pessoas com capacidade de pagamento à vista preferem comprar imóveis, reduzindo a pressão sobre o segmento de alto padrão. Por outro lado, quem depende de financiamentos opta por continuar alugando até que os custos de empréstimo diminuam, afirmou Miller.

Outra novidade relevante no verão foi a entrada em vigor de uma lei que proíbe os proprietários de cobrarem comissões de intermediação de novos inquilinos. Segundo Miller, essa medida reduziu o número de anúncios disponíveis em plataformas como a StreetEasy, aumentando a concorrência entre os interessados.

Perspectivas para os próximos meses

Agosto costuma ser ainda mais movimentado que julho, o que pode levar a novos recordes de preços, alertou Miller. Apesar do otimismo, ele destaca que o esfriamento no mercado de trabalho e o impacto das tarifas podem desacelerar essa tendência de alta.

Nos distritos do Brooklyn e Queens, os aluguéis continuam em alta. Em Brooklyn, o valor médio dos novos contratos em julho foi de US$ 3.850 (R$ 21 mil), o segundo maior registrado no distrito. Em Astoria e Long Island City, na região noroeste de Queens, a mediana atingiu US$ 3.750 (R$ 20 mil), quase 9% superior ao ano passado.

Mais detalhes e a análise completa estão disponíveis em este link.

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