As vendas no comércio varejista de junho recuaram 0,1%, marcando o terceiro mês seguido de queda, conforme divulgado pelo IBGE nesta quarta-feira. Apesar da retração, o setor registra alta de 1,8% no acumulado do ano e de 2,7% em 12 meses, indicando um cenário de recuperação a longo prazo.
Segmentos impactados e fatores que pesam sobre o comércio
O segmento de hipermercados, supermercados e produtos alimentícios liderou a queda, com redução de 0,5%, influenciado pelo impacto da inflação nos preços. Apesar de o IPCA em junho, de 5,35% em 12 meses, estar acima da meta estabelecida, os dados de julho mostram uma desaceleração, o que pode favorecer a retomada das vendas.
Cristiano Santos, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), explica que a forte base de comparação também contribui para a variação negativa. “A retração do crédito e a resiliência da inflação nos primeiros meses do ano afetaram o desempenho do setor”, afirmou.
Variações por atividades do comércio varejista
- Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: -2,7%
- Livros, jornais, revistas e papelaria: -1,5%
- Móveis e eletrodomésticos: -1,2%
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: -0,9%
- Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: -0,5%
Por outro lado, alguns setores apresentaram crescimento entre maio e junho de 2025:
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico: 1,0%
- Tecidos, vestuário e calçados: 0,5%
- Combustíveis e lubrificantes: 0,3%
Comparado a junho de 2024, o volume de vendas cresceu 0,3%, sinalizando uma leve melhora na atividade comercial.
Perspectivas para o setor
Especialistas acreditam que a desaceleração da inflação e a melhora na confiança do consumidor podem ajudar a impulsionar o setor nos próximos meses. Ainda assim, o aperto no crédito e os preços elevados de alimentos continuam sendo desafios importantes para a recuperação.
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