Brasil, 19 de agosto de 2025
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Vendas no comércio recuam 0,1% em junho, terceira queda seguida

Com recuo de 0,1% em junho, setor apresenta estabilidade com tendência de baixa, após alta de 1,8% no primeiro semestre, aponta IBGE

A atividade comercial brasileira registrou uma retração de 0,1% na passagem de maio para junho, indicando a terceira queda consecutiva, conforme divulgou nesta quarta-feira (13) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Esse movimento faz parte de um cenário de estabilidade, com tendência de leve desaceleração.

Desempenho do comércio no primeiro semestre e fatores responsáveis

De acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano dos Santos, o setor apresentou crescimento de 1,8% no acumulado do primeiro semestre, ainda que o recuo recente tenha freado esse avanço. “No geral, nesse primeiro semestre, a gente tem esse comportamento, um grande crescimento a ponto de chegar no topo em março, com esse arrefecimento, que está sendo bem lento”, analisa.

O recuo de junho reflete a influência de fatores como a diminuição do crédito, provocada pela alta taxa de juros, e o impacto da inflação sobre o consumo. Ao longo do semestre, a inflação oficial ficou acima da meta do governo, que é 3% ao ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual. O Banco Central tem adotado a estratégia de elevar a taxa de juros para conter a escalada inflacionária, como detalha essa medida.

Perspectivas de mercado e indicadores positivos

Apesar das oscilações, existem sinais positivos no mercado de trabalho e renda, que sustentam o consumo. Em junho, o Brasil atingiu uma taxa de desemprego de 5,8%, a menor já registrada pela série histórica do IBGE, iniciada em 2012, além de recordes de rendimento dos trabalhadores. “Esses fatores fortalecem a confiança do consumidor e atenuam o impacto da desaceleração momentânea”, comenta Cristiano dos Santos.

Setores com retração e segmentos em crescimento

Na passagem de maio para junho, cinco das oito atividades pesquisadas apresentaram retração:

  • Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,7%)
  • Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%)
  • Móveis e eletrodomésticos (-1,2%)
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,9%)
  • Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,5%)

Por outro lado, segmentos que cresceram foram:

  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1%)
  • Tecidos, vestuário e calçados (0,5%)
  • Combustíveis e lubrificantes (0,3%)

A pesquisa do IBGE é realizada com empresas formalizadas com 20 ou mais funcionários.

Comércio atacadista e perspectivas futuras

No comércio varejista ampliado, que compreende atividades de atacado — incluindo veículos, motos, material de construção e produtos alimentícios — o índice recuou 2,5% de maio para junho, porém acumula uma expansão de 2% nos últimos 12 meses. Segundo o levantamento, o setor ainda mantém sinais de resiliência apesar do ritmo de desaceleração.

Especialistas apontam que a trajetória de queda nos últimos meses deve continuar de forma moderada, diante das condições econômicas atuais, embora o setor preserve uma expectativa de retomada com a eventual diminuição da inflação e melhora do crédito no médio prazo.

Para mais detalhes, leia a matéria completa.

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