O presidente Donald Trump revelou nesta quarta-feira (22) os cinco primeiros indicados para o Kennedy Center Honors deste ano, incluindo artistas de destaque e algumas escolhas polêmicas. Entre os nomes estão o cantor country George Strait, o ator Sylvester Stallone, a cantora Gloria Gaynor, a banda de rock Kiss e o ator e cantor Michael Crawford.
Escolhas inusitadas e críticas ao processo de seleção
Trump afirmou que esteve envolvido em cerca de 98% na definição dos honrados e declarou que muitos nomes foram recusados por serem considerados “muito woke” ou liberais demais. “Gostei muito desses indicados, são pessoas incríveis”, afirmou o presidente em uma publicação no Truth Social.
Tradicionalmente, o processo de escolha é feito por um comitê bipartidário, e os homenageados ao longo dos anos têm variado de artistas clássicos a estrelas de Hollywood, como George Balanchine, Tom Hanks, Aretha Franklin e Stephen Sondheim. Ainda assim, a lista de Trump provocou reações mistas, já que alguns nomes, como Stallone, foram considerados controversos pelos críticos.
Reformas e revitalização da instituição
Desde que reassumiu a presidência, Trump tem se dedicado a recuperar a imagem do Kennedy Center, prometendo renovar sua infraestrutura e elevar seu prestígio a um novo patamar de luxo, glamour e cultura. Ele afirmou que a sede será completamente reformada, com planos de transformar o centro em uma “joia da cultura americana”.
Segundo o próprio presidente, o centro também será protagonista das celebrações do 250º aniversário dos Estados Unidos, previsto para o próximo ano, reforçando seu compromisso de torná-lo uma referência cultural nacional.
Controvérsias e mudanças no comando
Após décadas de tradição, Trump assumiu o cargo de chairman do Kennedy Center e demitiu a antiga diretoria, nomeando apoiadores próximos à sua administração. Em seus discursos, Trump chegou a falar sobre uma possível mudança de nome da instituição, incluindo a ideia de renomear o centro para homenagear a sua gestão ou até mesmo a sua esposa, Melania Trump.
Apesar disso, um projeto de lei aprovado em julho busca somente renomear a Ópera do Kennedy Center após Melania, sem alterar o nome completo da instituição.
Repercussões na comunidade artística
Historicamente, o Kennedy Center Honors abrange figuras de diversos espectros políticos e ideológicos, e seus homenageados costumam receber convites oficiais de diferentes presidentes, independentemente de alinhamentos partidários. No entanto, a postura de Trump tem causado questionamentos e críticas de artistas e ex-honrados.
Durante seu primeiro mandato, nomes de artistas críticos a Trump, como Cher, Lin-Manuel Miranda e Sally Field, recusaram-se a participar de eventos em protesta às ações do então presidente. Com sua nova gestão, há preocupações de que o clima polarizador possa influenciar ou mudar o caráter do evento.
Perspectivas futuras para o Kennedy Center
Trump promete que o centro se tornará uma instituição de destaque na cultura americana, com obras de renovação e uma imagem revitalizada. Ainda assim, o processo de escolha dos homenageados e a gestão política do Kennedy Center continuam sob forte escrutínio, refletindo o momento de polarização vivido pelo país.
A expectativa é que a cerimônia deste ano gere um debate intenso sobre o papel político e cultural do Kennedy Center, em um momento em que a política e as artes parecem cada vez mais interligadas.