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Nesta segunda-feira, o ex-presidente Donald Trump anunciou uma ação controversa durante uma coletiva de imprensa, na qual declarou que pretende aumentar o controle federal sobre a polícia de Washington, DC, sob justificativa de combater o aumento da criminalidade na capital dos Estados Unidos.
Controle federal da polícia de Washington
Trump afirmou que, sob a prerrogativa do Section 740 do District of Columbia Home Rule Act, irá federalizar a Polícia Metropolitana de DC, contando ainda com a implantação da Guarda Nacional para reforçar a segurança na cidade. “Vamos recuperar nossa capital do crime, do bloodshed e do caos”, declarou o ex-presidente. Segundo ele, a ação visa reestabelecer a ordem pública, que, na sua visão, estaria ameaçada por gangues e criminosos violentos.
O anúncio gerou repercussão ampla, com muitos críticos afirmando que a medida representa um avanço preocupante rumo ao autoritarismo. Dados oficiais do Departamento de Justiça mostram que, apesar das alegações de Trump, o índice de crimes violentos em Washington, DC, caiu 35% em 2024, enquanto a polícia local registra uma redução de 26% em comparativo anual. A prefeita de Washington, Muriel Bowser, afirmou que “não há aumento na criminalidade” e reforçou que a cidade está experimentando uma redução nos índices de violência.
Reação da sociedade e especialistas
Reações públicas e críticas
Decisões do tipo vêm sendo fortemente criticadas por especialistas em direitos civis, que alertam para o risco de a medida criar um precedente perigoso para controle autoritário. Richard Stengel, ex-conselheiro de segurança nacional no governo Obama, afirmou que “autocratas usam pretextos falsos para controlar a polícia local e ampliar o poder centralizado”.
Nas redes sociais, a reação foi de preocupação e alerta. Usuários do Reddit e de outras plataformas expressaram temores de que a medida seja um passo na direção de uma ditadura, com comentários como: “Fascismo fugindo do papel”, “Martial law avançando” e “É o fim da democracia nos EUA”.
Impacto na democracia americana
Analistas apontam que ações de fusão do controle policial com o federal representam uma tática clássica de regimes autoritários para eliminar a autonomia local e suprimir protestos e manifestações públicas. Segundo o jornalista e ex-funcionário governamental Richard Stengel, “a história demonstra que golpes de Estado frequentemente iniciam com o controle centralizado da polícia local”.
Implicações futuras e contexto político
Especialistas também destacam que as ações de Trump ocorrem em um momento delicado, em que há grande tensão política e militar. A tendência de centralizar o poder reforça a narrativa de que o ex-presidente busca se apresentar como acima da lei, com intenção de se manter no cargo além do limite constitucional, já que tem mencionado a possibilidade de uma terceira candidatura presidencial, apesar da proibição constitucional.
Apesar do contexto, a presidente do Congresso, Pelosi, afirmou que qualquer medida que viole a autonomia do Distrito de Columbia viola a Constituição e ameaça os preceitos democráticos.
Perspectivas e próximos passos
Espera-se que o governo federal siga com a implementação dessas ações nos próximos meses, enquanto a sociedade e instituições democráticas monitoram de perto o ocorrido, prontos a reagir contra qualquer tentativa de autoritarismo.
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