O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, descartou nesta semana a possibilidade de que investimentos chineses nos Estados Unidos possam ser incorporados a qualquer acordo comercial entre os dois países. As declarações reforçam o cenário de dificuldades nas negociações, que vêm se intensificando na disputa por tecnologias e tarifas comerciais.
Bessent explica a postura dos EUA em relação aos investimentos chineses
Questionado se a China poderia assumir compromissos de investimento semelhantes aos do Japão, Coreia do Sul e União Europeia, Bessent respondeu:
“Minha impressão é que não, porque grande parte da aquisição ou dos recursos provenientes dela vai para setores críticos que precisamos trazer de volta para o país, e muitos desses precisam ser realocados para longe da China.”
Ele destacou setores como semicondutores, ímãs de terras-raras, produtos farmacêuticos e aço, onde o retorno de investimentos chineses é considerado prejudicial à segurança econômica dos Estados Unidos.
Conflito entre EUA e China se intensifica na tecnologia e inteligência artificial
As declarações de Bessent evidenciam a continuidade da rivalidade entre as duas maiores economias do mundo, especialmente em tecnologia e inteligência artificial. Enquanto isso, o presidente Donald Trump prorrogou por mais 90 dias, até o início de novembro, a suspensão do aumento de tarifas sobre produtos chineses, uma medida que oferece estabilidade temporária nas relações comerciais.
Impactos das negociações e movimentos de empresas chinesas
Segundo especialistas, empresas chinesas de setores como veículos elétricos têm buscado abrir fábricas no exterior para acessar novos mercados e contornar tarifas dos EUA. Além disso, Bessent afirmou que se reunirá novamente com seus colegas chineses nos próximos dois a três meses para tratar de temas relacionados à cooperação e contenção de produtos químicos usados na fabricação de fentanil.
Em entrevista à Fox Business, Bessent também mencionou a visita do presidente Xi Jinping ao Brasil, dizendo que
“China e Brasil podem ser exemplo de ‘autossuficiência’ para o Sul Global”
. Ele completou destacando a expectativa de que melhorias nas negociações sobre o fluxo de produtos químicos aconteçam ao longo dos próximos meses, antes de eventuais reduções tarifárias.
Perspectivas futuras na relação dos EUA com a China
As atuais estratégias indicam uma prolongada disputa entre as duas potências, com foco em tecnologia e segurança econômica. Segundo análises, o entendimento do governo americano é que a retomada de investimentos chineses em sua economia dependerá de avanços em questões como o controle de fluxos de produtos químicos usados na produção de drogas sintéticas e a redução de tarifas.
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