Brasil, 13 de agosto de 2025
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Rebeca Andrade prorroga seu sabático e desiste do Mundial de Ginástica

Após conquistar quatro medalhas em Paris, Rebeca Andrade prioriza sua saúde em um ano sabático.

Maior medalhista olímpica da história do Brasil, a ginasta Rebeca Andrade decidiu continuar sem competir este ano, estendendo o período sabático iniciado um pouco depois dos Jogos de Paris 2024. O objetivo da ginasta de 26 anos é recuperar o corpo e a mente para estar na melhor forma possível na próxima edição das Olimpíadas, em Los Angeles 2028. Por isso, ela desistiu de disputar o Mundial de Jacarta, em outubro, que era seu principal compromisso na temporada. A informação foi publicada pelo site ge.globo.

A importância do descanso para Rebeca Andrade

— Estou descansando. Está sendo bem importante pra mim. Era algo que eu queria há muito tempo, mas entendia as minhas prioridades. Então acabei jogando mais para frente. Mas hoje, para mim, está sendo maravilhoso — disse Rebeca Andrade, expressando o valor que esse tempo longe das competições tem para sua saúde mental e física.

Esta é a primeira vez que a ginasta experimenta um período de descanso sem competições desde que começou sua carreira na categoria adulta, há uma década. Mês que vem, ela vai completar um ano sem entrar em ação — seu último campeonato foi o Brasileiro, em setembro de 2024. Nesse período, dividiu-se entre compromissos comerciais, premiações como o Laureus, em Madri, e desfrutou de viagens a lazer. As atividades no Centro de Treinamento do Time Brasil, no Rio, continuam na programação, mas em ritmo menos intenso.

Um novo olhar sobre o treinamento e competições

O técnico de Rebeca, Francisco Porath, conhecido como Xico, ressaltou a importância dessa pausa para o bem-estar geral da atleta. Ele afirmou: — É também para a cabeça. Ela não vem ao ginásio obrigada. Ela vem, ela se diverte, ela treina, ela vê as meninas. Ela está com a rotina de treino mais baixa, mas com a cabeça muito boa —, destacando o impacto positivo que essa mudança de ritmo tem oferecido à ginasta.

Na terça-feira, Rebeca anunciou que não competirá mais na prova de solo, aparelho em que conquistou a medalha de ouro em Paris. A decisão foi motivada por dores persistentes e pela necessidade de preservar sua saúde física, considerando seu histórico de lesões ao longo da carreira.

Histórico de lesões e sua decisão consciente

Rebeca compartilhou: — O solo é o aparelho que mais causa impacto. Eu sou uma atleta de 26 anos, com histórico de cinco cirurgias no joelho (direito). Quando a gente entende nossos limites, é muito importante respeitá-los. Eu sei que vocês amam quando eu faço solo, mas ainda posso mostrar muito nos outros aparelhos —, durante sua participação na Rio Innovation Week, que acontece no Pier Mauá, no Rio.

Desde 2015, quando rompeu o LCA (ligamento cruzado anterior) ainda na adolescência, Rebeca passou por cinco procedimentos no joelho. Entre eles, três cirurgias maiores (2015, 2017 e 2019) e duas intervenções para retirar fibrose resultante das operações. Essa experiência com lesões moldou sua perspectiva em relação à saúde e ao desempenho esportivo.

Rebeca Andrade: uma trajetória histórica e inspiradora

O ouro na final do solo colocou Rebeca na história do esporte brasileiro em Jogos Olímpicos. Com as quatro medalhas conquistadas na capital francesa, ela tornou-se a maior medalhista olímpica da história do Brasil, aos 25 anos, superando Robert Scheidt e Torben Grael, ambos da vela. Ao todo, Rebeca Andrade conquistou seis medalhas olímpicas. Nos Jogos de Tóquio 2020, a ginasta faturou a prata no individual geral e o ouro no salto, enquanto em Paris 2024, ela ganhou mais quatro medalhas: ouro no solo, prata no individual geral, prata no salto e bronze por equipes.

Com uma carreira repleta de conquistas e desafios, a decisão de Rebeca Andrade de priorizar sua saúde e qualidade de vida serve como um importante exemplo no mundo do esporte. Sua trajetória, marcada pela superação e dedicação, continuará a inspirar atletas e fãs por muitos anos.

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