Representantes de pequenos produtores de frutas alertaram que o recente plano de contingência do governo privilegia exportadores diretos, deixando a base da produção vulnerável. Guilherme Coelho, presidente da Abrafruta, destacou que esses produtores, que comercializam suas colheitas para empresas exportadoras, correm risco de prejuízos e até de ficarem sem suporte adequado.
Ameaças à cadeia de pequenos produtores
Segundo a nota da Abrafruta, o setor exportou mais de US$ 140 milhões para os Estados Unidos no ano passado, o terceiro maior mercado, atrás do Reino Unido e dos Países Baixos. “Sem medidas que alcancem efetivamente a base da produção, há risco de retração nas compras, perda de renda e dificuldade de permanência no campo”, afirmou Guilherme Coelho. Fonte.
Medidas emergenciais e possibilidades de apoio
Apesar das críticas, a associação elogia uma iniciativa que prevê compras públicas destinadas a absorver a produção afetada, o que poderia diminuir perdas imediatas. Ainda assim, o presidente da Abrafruta reforça que é fundamental ampliar o alcance das ações, envolvendo todos os elos do setor, do pequeno ao grande produtor.
Diálogo com o governo e futuras ações
De acordo com a entidade, a Abrafruta continuará trabalhando junto ao governo e ao Congresso para que sejam implementadas medidas emergenciais, como linhas de crédito e incentivos. Além disso, há uma forte reivindicação por esforços diplomáticos visando a retirada definitiva da taxação sobre as frutas brasileiras, uma questão que, segundo o setor, impacta negativamente as exportações.
Perspectiva de análises futuras
O setor frutífero espera que as ações futuras possam garantir maior sustentação aos pequenos produtores, evitando uma retração que prejudique a renda do trabalhador rural e a produção nacional. A continuidade do diálogo e o reforço de políticas direcionadas à base da cadeia produtiva são considerados essenciais para mitigar os efeitos da atual crise.