Brasil, 13 de agosto de 2025
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Paulo Figueiredo celebra sanções dos EUA a governo brasileiro

Influenciador Paulo Figueiredo comenta sanções contra autoridades do Brasil ligadas ao programa Mais Médicos, gerando polêmica nas redes sociais.

O influenciador digital Paulo Figueiredo causou alvoroço nas redes sociais ao celebrar as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras vinculadas ao programa Mais Médicos. O anúncio, feito nesta quarta-feira (13), pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, resultou na revogação de vistos e na imposição de restrições a alguns integrantes do governo brasileiro e a ex-membros da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Repercussão nas redes sociais

Após o anúncio, Figueiredo ironizou a situação, compartilhando a publicação de Marco Rubio e fazendo alusão a uma “previsão” que ele tinha feito anteriormente. Em sua postagem, escreveu: “E não é que aconteceu? Paulinho Tic-Tac ataca novamente…”. Essa declaração gerou uma série de reações nas plataformas, com apoiadores do influenciador aplaudindo sua antecipação e opositores questionando a lógica de comemorar sanções que podem impactar todo o país.

Momentos antes da declaração oficial, Figueiredo já havia resgatado um tweet de fevereiro de Rubio sobre a ampliação de restrições a países que mantêm relações estreitas com o regime de Cuba, sugerindo que o Brasil poderia ser um dos próximos alvos. “Ihhhhh será que vai sobrar pro Brasil? Será??”, disse ele, alimentando a expectativa em torno das ações dos EUA.

Sanções direcionadas ao programa Mais Médicos

As sanções mais recentes estão ligadas ao programa Mais Médicos, que foi introduzido em 2013, durante o governo de Dilma Rousseff (PT), com o objetivo de suprir a carência de médicos em regiões remotas do Brasil. Contudo, o programa enfrentou críticas significativas desde o início, especialmente relacionadas à remuneração dos médicos cubanos e à forma como os recursos são canalizados de volta a Cuba.

De acordo com o Departamento de Estado dos EUA, as autoridades brasileiras sancionadas, entre elas Mozart Júlio Tabosa, atual secretário de Atenção Especializada à Saúde, e Alberto Kleiman, coordenador-geral da COP30 no Brasil, atuaram como intermediários no esquema de exportação de mão de obra cubana, sem cumprir requisitos constitucionais e burlando sanções previamente impostas a Cuba. Essas ações teriam viabilizado um esquema de trabalho forçado, algo que o governo americano se comprometeu a combater rigorosamente.

Impacto das sanções no cenário político brasileiro

A mensagem deixada pelo Departamento de Estado é clara: os EUA buscam responsabilizar aqueles que facilitam práticas de exploração laboral, especialmente ligadas a regimes considerados autoritários. A postura agressiva de Washington não é novidade, mas a exaltação de Figueiredo em relação a essa ação levanta questionamentos sobre a relação do influenciador com a diplomacia americana e seu papel dentro da política brasileira.

O programa Mais Médicos, que visava melhorar a saúde em áreas com escassez médica, tornou-se um tema polarizador. A decisão de revogar vistos de autoridades brasileiras envolvidas gera um clima de tensão, não apenas no âmbito das relações exteriores, mas também no interior do país, onde muitos veem as sanções como uma afronta à soberania nacional e à capacidade do Brasil de resolver suas próprias questões de saúde pública.

A agenda de Figueiredo e Eduardo Bolsonaro nos EUA

Enquanto as sanções repercutem, Paulo Figueiredo está atualmente nos Estados Unidos, acompanhado pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL). A dupla participa de reuniões com membros do governo americano, buscando alavancar a pressão sobre o governo brasileiro e discutir as recentes sanções. Agendas repletas de compromissos com representantes do Departamento de Estado e do Tesouro, bem como assessores da Casa Branca, estão previstas para os próximos dias, onde pretendem debater a situação política no Brasil, incluindo reações às investigações envolvendo o episódio de 8 de janeiro.

Com o clima político no Brasil já polarizado, as ações de figuras como Figueiredo e Eduardo Bolsonaro em território americano revelam uma estratégia mais ampla de buscar apoio externo para suas causas. O desenrolar do programa Mais Médicos e as implicações das sanções serão, sem dúvida, assuntos centrais nas discussões públicas e políticas nos próximos meses.

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