Autoridades federais prenderam 66 pessoas em Washington, D.C., nas primeiras duas noites de controle direto da cidade pelo governo federal, segundo informações de um oficial da Casa Branca. A operação intensificada inclui o aumento de tropas da Guarda Nacional, que devem chegar a até 800 agentes para reforçar a segurança e proteger locais federais.
Ações federais e aumento da presença policial
No noite de terça-feira, 43 pessoas foram detidas, quase o dobro do número da noite anterior, quando 23 prisões ocorreram. A operação contou com mais de 1.450 agentes de diversas forças, incluindo FBI, DEA, Departamento de Segurança Interna e policiais locais.
O presidente Donald Trump, que decretou a intervenção após invocar uma disposição rara da Lei de Autonomia Local de 1973, afirmou que a medida é necessária para combater a violência crescente na cidade. Ele pretende solicitar ao Congresso a extensão do controle federal além do limite de 30 dias previsto na legislação.
Presença da Guarda Nacional e próximos passos
Apesar da mobilização, a atuação da Guarda até agora foi limitada, com cerca de 30 militares nas ruas e uma incursão breve perto do Monumento de Washington. Segundo fontes, uma presença muito maior — envolvendo até 800 soldados — está prevista para a noite de quarta-feira, com o objetivo de proteger edifícios públicos e apoiar operações de segurança.
Contexto de queda nos índices de criminalidade
Apesar da narrativa do governo de uma crise de violência, dados oficiais indicam uma redução significativa nos crimes desde 2023, incluindo homicídios, roubos e sequestros, o que contrasta com a retórica do presidente sobre uma situação de caos generalizado.
O chefe de segurança da Casa Branca afirmou que, desde o início da operação na última quinta-feira, 103 pessoas foram detidas na cidade, em ações que envolvem equipes de várias agências, buscando equilibrar a intervenção federal com os índices de criminalidade que, na avaliação oficial, continuam sob controle.
Impactos e debates sobre a medida
Especialistas e líderes locais criticaram a iniciativa, questionando a legalidade de uma intervenção tão ampla e seus efeitos na autonomia da cidade. Ainda que o governo defenda a ação como uma resposta necessária, o controle federal permanece alvo de debates sobre os limites do poder presidencial em intervenções de segurança urbana.