Brasil, 13 de agosto de 2025
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Ministro Luiz Marinho diz que Brasil não deve se desesperar com tarifa de 50% dos EUA

Ministro do Trabalho reafirma que o Brasil está fortalecido e que a dependência dos EUA vem diminuindo, mesmo com tarifa imposta por Trump

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta quarta-feira (13) que o Brasil não deve se desesperar diante da tarifa de 50% aplicada às exportações brasileiras pelos Estados Unidos. Em live com dirigentes das principais centrais sindicais, Marinho destacou que o país vem reduzindo sua dependência do mercado norte-americano e está conquistando novos mercados externos.

Dependência dos EUA vem diminuindo

Marinho lembrou que, atualmente, os EUA representam cerca de 12% das exportações brasileiras, uma redução expressiva em relação a 2023, quando o percentual era de 25%. “Nós é que aumentamos a balança comercial e abrimos 387 novos mercados. Essa dependência vem se reduzindo, e queremos continuar fortalecendo nossa presença internacional”, afirmou.

Perspectivas para o fortalecimento econômico

Segundo o ministro, o episódio do tarifaço pode acelerar a consolidação dos BRICS e a saída do dólar como referência global, além de estimular inovações no sistema financeiro, como o lançamento do Pix parcelado, que pode impactar as bandeiras de cartão de crédito americanas. “Vêm aí muitas novidades que fortalecem a autonomia económica do Brasil”, afirmou.

Medidas para preservação dos empregos

Marinho destacou que o governo está estudando ações para facilitar a preservação das vagas de trabalho, principalmente no mercado interno. Entre as iniciativas, estão o estímulo às compras governamentais para abastecer escolas, hospitais e sistema carcerário, além da melhor estruturação de ferramentas de crédito e fundos garantidores para apoiar as empresas.

Ele reforçou que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) possui instrumentos que asseguram empregos, desde que sejam feitas negociações alinhadas às garantias previstas. “Os acordos coletivos deverão começar a partir de setembro, e as centrais sindicais precisam se atentar à realidade de cada setor”, reforçou.

Responsabilidade das centrais sindicais

Para Marinho, é fundamental que os sindicatos tenham domínio do mercado externo e das condições de cada empresa para evitar negociações oportunistas que prejudiquem os trabalhadores. “Precisamos estar atentos para garantir que os reajustes salariais sejam reais e justos”, ressaltou.

Reação aos ataques dos EUA e o papel das centrais sindicais

O presidente da CUT, Sergio Nobre, afirmou que as sanções impostas pelos EUA representam um ataque à soberania nacional e buscam desestruturar a economia brasileira, que, na avaliação dele, está se mostrando bastante resistente. “O presidente Lula tem reagido com serenidade e firmeza. Somos uma nação grande e não podemos nos submeter aos EUA”, destacou.

Ricardo Patah, da UGT, também comentou sobre o impacto político da tarifa, ressaltando a importância das ações das centrais sindicais para manter a economia estável, mesmo diante de pressões externas. “Nossa atuação foi fundamental na pandemia, e agora também será”, afirmou.

Consequências para os setores produtivos e os trabalhadores

Patah destacou que, apesar de possíveis prejuízos na massa salarial, especialmente para quem recebe comissões, o efeito do tarifaço será sentido por todos os setores econômicos. “Precisamos atuar de forma consciente e negociada para preservar os empregos”, completou.

Participaram também da live o secretário-Geral da CTB, Ronaldo Leite; o presidente da NCST, Moacyr Tesch; o secretário-geral da CSB, Álvaro Egea; e a secretária-geral da Intersindical, Nilza Almeida.

Para mais detalhes, acesse a fonte original: Agência Brasil.

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