A inflação na Argentina registrou um aumento de 1,9% em julho, impulsionada por aumentos em setores como recreação, transporte e restaurantes, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). O dado ficou acima dos 1,6% de junho, mas permaneceu abaixo do limite psicológico de 2% ao mês, pelo terceiro mês consecutivo, e em linha com a previsão dos economistas.
Inflação anual desacelera e atinge menor nível em quase cinco anos
De acordo com o Indec, a inflação anual espalhou-se para 36,6%, o menor nível em quase cinco anos. No acumulado do ano, os preços subiram 17,3%, refletindo uma desaceleração em relação aos meses anteriores. O presidente Javier Milei comemorou os números, chamando o ministro da Economia, Luis Caputo, de “o melhor ministro da história” e destacando a melhora na variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC).
Peso perde mais de 12% frente ao dólar
O peso argentino depreciou mais de 12% em relação ao dólar no mês de julho, seu pior desempenho desde o início do governo de Milei, que passou a desvalorizar a moeda na tentativa de conter a inflação. Segundo Milei, a nova estabilidade do índice reflete uma dinâmica favorável, que, segundo ele, não ocorria desde novembro de 2017.
Comentários do governo e expectativas
O ministro Caputo afirmou que a inflação de julho foi a mais baixa desde janeiro de 2018, com variação de 1,9%, além de destacar que a inflação básica foi de 1,5%, com 4,1% nas categorias sazonal e 2,3% nas reguladas. Milei celebrou os resultados e atribuiu o sucesso a uma política de desvalorização controlada.
Perspectivas para o futuro
Especialistas avaliam que a continuidade da desaceleração inflacionária vai depender de medidas econômicas consistentes e do controle das variações cambiais. O governo projeta manter a inflação abaixo de 2% nos próximos meses, buscando consolidar a recuperação econômica e estabilizar a moeda.
Mais detalhes sobre a inflação na Argentina podem ser conferidos na matéria do Globo.