Brasil, 13 de agosto de 2025
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Inflação na Argentina atinge 1,9% em julho, diz Indec

A inflação na Argentina registrou 1,9% em julho, alinhada às expectativas de economistas, enquanto o país planeja avanços econômicos após ajustes recentes

A inflação na Argentina foi de 1,9% em julho, conforme dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) divulgados nesta quarta-feira (13) pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). O resultado representa uma leve aceleração em relação aos 1,6% de junho, mas ficou dentro do esperado pelos analistas.

Dados indicam ajuste na trajetória inflacionária da Argentina

O índice acumulado em 12 meses até julho foi de 36,6%, uma redução em relação aos 39,4% registrados no mês anterior. Os dados mostram que, mesmo com o avanço mensal, o governo de Javier Milei conseguiu manter a inflação próxima de 2% a 3% ao mês ao longo de 2025, estabilizando o ritmo de alta de preços.

Contexto econômico e política de Milei

A Argentina enfrenta uma forte recessão e passou por um intenso ajuste fiscal e econômico. Desde sua posse, em dezembro de 2023, o presidente ultraliberal Javier Milei decidiu paralisar obras federais e interromper repasses financeiros aos estados. Além disso, retirou subsídios de tarifas de água, gás, energia, transporte e outros serviços essenciais, causando aumento nos preços ao consumidor.

De acordo com o Indec, a pobreza atingiu 52,9% da população no primeiro semestre de 2024, mas caiu para 38,1% no segundo semestre — o equivalente a 11,3 milhões de pessoas, fator que alimenta o descontentamento social e protestos pelo país.

Avanços macroeconômicos e acordo com o FMI

Apesar das dificuldades, o presidente Milei conquistou uma sequência de superávits fiscais e recuperação de confiança junto aos investidores. Em 11 de abril, firmou um acordo de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI), recebendo a primeira parcela de US$ 12 bilhões em poucos dias.

O repasse reforça a confiança internacional no programa econômico de Milei, que busca controlar a inflação, mantendo-a abaixo de 2% ao mês. Para isso, o governo já tomou medidas como a flexibilização do controle cambial e a desregulamentação do mercado de câmbio.

Reformas cambiais e ajustes recentes

Após o acordo com o FMI, o Banco Central da Argentina anunciou o fim da paridade fixa do peso argentino, adotando a cotação flutuante, que permite a variação de acordo com oferta e demanda. Essa mudança visa estabilizar o câmbio, fortalecer reservas e atrair investimentos.

Em maio, o governo autorizou o uso de dólares armazenados fora do sistema financeiro e, em junho, lançou planos de captação de US$ 2 bilhões por meio de emissão de títulos, além de reduzir a emissão de moeda para controlar a inflação.

Objetivos e perspectivas futuras

As medidas econômicas atuais buscam estabilizar a economia, aumentar as reservas cambiais e consolidar a recuperação econômica. A estratégia do governo é avançar no ajuste fiscal, fortalecer o controle inflacionário e atrair fluxos de investimento estrangeiro, essenciais para a sustentabilidade do atual programa de reforms.

Segundo especialistas, o sucesso na contenção da inflação e na recuperação fiscal será determinante para a estabilidade social e crescimento sustentável da Argentina nos próximos anos.

Fonte: G1 Economia

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