Uma igreja cristã em Moscow, Idaho, ganhou destaque nas redes após uma entrevista no CNN onde seus membros expressaram posicionamentos considerados extremados, incluindo visões nacionalistas e interpretações conservadoras da Bíblia. A repercussão gerou centenas de comentários, muitos criticando o conteúdo e a postura da denominação.
Declarações polêmicas de membros do “Christ Church”
Durante a entrevista, o pastor sênior Doug Wilson afirmou desejar um “mundo cristão” e uma “nação cristã”, exibindo uma visão claramente alinhada ao nacionalismo religioso. Wilson também comentou a expansão de sua igreja para Washington, DC, afirmando que suas opiniões representam uma forma de influência na política e cultura.
Questionado sobre os papéis de homens e mulheres, Wilson reforçou a ideia de submissão feminina, enquanto membros da congregação destacaram o papel patriarcal na família. Uma integrante afirmou que “ele é o cabeça do lar, sim, e eu me submeto a ele”, sorrindo ao lado do marido.
Visões controversas sobre direitos civis e eleitorais
Outra membro sugere que as votações deveriam ocorrer por “chefia de família”, apoiando a ideia de que cada domicílio teria um voto, normalmente conduzido pelo chefe do lar. Um participante chegou a apoiar a revogação do direito de voto feminino, citando a “atomização” social como prejudicial.
Entre as opiniões mais chocantes, Wilson falou sobre proprietários de escravos de forma ambígua, alimentando a polêmica em torno das interpretações bíblicas radicais.
Reações na internet e debate público
Mais de 5 milhões de pessoas assistiram à entrevista no TikTok, o que gerou uma avalanche de comentários críticos. Internautas manifestaram indignação com a exposição do grupo pela CNN, alegando que opiniões extremas deveriam ser taxadas ou desacreditadas.
Algumas mensagens refletem uma preocupação com a influência de grupos extremistas na sociedade, enquanto outras compartilham experiências pessoais de ruptura familiar e autonomia. Uma internauta comentou: “Horrível, e sou cristã conservadora, mas isso é fora de contexto da Bíblia”.
Impacto e controvérsia sobre o papel da mídia
A circulação do vídeo reacendeu o debate sobre o papel da mídia em divulgar grupos com posições controversas. Críticos questionam se esse tipo de cobertura contribui para o fortalecimento de visões radicalizadas ou se é uma forma de expor tendências perigosas.
Especialistas alertam para o risco de legitimar discursos extremistas ao dar espaço na grande mídia, enquanto defensores defendem a liberdade de expressão e a importância do debate público.
Perspectivas futuras
Autoridades e líderes comunitários discutem a necessidade de promover uma educação cívica mais forte e de monitorar grupos que propagam ideias extremistas em plataformas digitais, buscando evitar que discursos de ódio se consolidem na sociedade.