Brasil, 13 de agosto de 2025
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Homem é preso por tortura e cárcere privado de adolescentes na Baixada

Acusado de torturar e manter em cárcere privado diversas mulheres, homem de 27 anos foi preso em Mesquita, na Baixada Fluminense.

Na última terça-feira (12), policiais civis da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti prenderam um homem de 27 anos, acusado de torturar e manter diversas mulheres em cárcere privado. O suspeito foi encontrado no bairro Rocha Sobrinho, em Mesquita, na Baixada Fluminense, após investigações que tiveram início com a denúncia de uma adolescente de 14 anos, sua ex-namorada.

O início das investigações

A denúncia partiu de uma adolescente que relatou ter sido levada a um terreno baldio, onde foi brutalmente agredida. Segundo seu testemunho, o agressor utilizou um objeto contundente para provocar pauladas em várias partes do corpo, incluindo a cabeça. A motivação dos ataques seria a pressão para que ela revelasse com quem havia se relacionado anteriormente.

Além das agressões físicas, a jovem relatou que o homem a perseguia virtualmente e fazia ameaças não apenas a ela, mas também à sua família — incluindo uma criança de apenas 2 anos — para evitar que ela denunciasse a violência. Segundo as investigações da Polícia Civil, o relacionamento entre o casal durou cerca de cinco meses e foi marcado por constantes agressões, que incluíam além de pauladas, cintadas desnecessárias.

Comportamento do agressor

Vanessa Martins, delegada responsável pelo caso, afirmou que o acusado tinha um padrão de escolha violento direcionado a adolescentes, geralmente menores de 18 anos. Ela enfatizou que os relacionamentos que ele estabelece evoluem de abusivos para violentos, culminando em torturas. “Esse autor escolhe suas vítimas, em regra, adolescentes que passa a se relacionar. O relacionamento abusivo se transforma em um cenário de violência extrema, onde as agressões são realizadas de forma cruel”, explicou.

Outras vítimas e a gravidade das ações

Além da adolescente de 14 anos, o homem é investigado por tortura e cárcere privado de outras duas mulheres, de 23 e 17 anos. A mulher mais velha, ex-companheira do suspeito e mãe de sua filha, revelou que estava vivendo em constante medo e, por isso, se mantinha escondida. Ambas as mulheres relataram ter sofrido agressões graves, incluindo o uso de ferramentas quentes, alicate de unha, queimaduras com água fervente e banhos gelados, tudo isso na presença da criança.

O sigilo e o medo que cercavam essas vítimas foram fatores determinantes para que a situação se prolongasse. O agressor já enfrentava um mandado de prisão preventiva, e após ser localizado, foi levado para a Deam-SJM, onde permanece preso aguardando os desdobramentos do caso.

Um chamado à sociedade

Este caso traz à tona uma questão alarmante sobre a violência contra mulheres e adolescentes em nosso país. A sociedade precisa se mobilizar para identificar, denunciar e combater essas questões de certa forma invisíveis, mas reais. A coragem da adolescente em denunciar o agressor pode salvar não apenas a sua vida, mas também a de outras possíveis vítimas.

O papel da polícia e do sistema de justiça é fundamental para garantir que esses crimes não fiquem impunes. O apoio psicológico e social às vítimas também é imprescindível, dando a elas a chance de reconstruir suas vidas. A denúncia é o primeiro passo para a quebra do ciclo de violência, e todas as vozes são essenciais nessa luta.

As autoridades locais incentivam que qualquer vítima de violência relacionar-se com a Deam ou outras plataformas de apoio, visando oferecer proteção e assistência. Este crime não pode permanecer silenciado.

Para mais informações e atualizações sobre este e outros casos, fique atento às notícias locais e utilize os canais de denúncia disponíveis.

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