No dia 7 de agosto de 2025, a Justiça do Distrito Federal decidiu acolher a denúncia contra um homem de 37 anos e sua companheira de 31 anos, acusados de tortura que resultou na morte da criança de apenas 3 anos em Sobradinho II. Os dois se tornaram réus por homicídio quadruplamente qualificado, segundo informações da 2ª Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Sobradinho.
O trágico caso em Sobradinho
O crime ocorreu em maio de 2024, quando a criança, que sofreu uma hemorragia severa e múltiplas fraturas pelo corpo, foi levada a um hospital em estado grave, apresentando parada cardiorrespiratória. Infelizmente, não sobreviveu. A causa da morte foi determinada como trauma abdominal fechado, resultante de hemorragias no intestino. Relatórios médicos indicaram ainda que a criança apresentava várias fraturas em diferentes partes do corpo e em diferentes estágios de cicatrização, evidenciando um possível quadro de tortura.
Histórico de agressões e omissão
O homem, já possui um histórico de agressões contra a criança. Além da acusação de homicídio, ele enfrenta denúncias por lesão corporal, tortura e por submeter a criança a vexames e constrangimentos. Por sua vez, a mãe da criança, que também foi acusada de homicídio, responderá por lesão corporal e tortura em forma omissiva. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) destacou que ela tinha ciência das agressões que o filho sofria, sendo alertada por comunicados da escola e do hospital, mas não tomou nenhuma atitude para afastá-lo do convívio com o padrasto.
Possíveis consequências para os acusados
Caso sejam condenados, o homem e a mãe da criança poderão enfrentar penas superiores a 30 anos de prisão, segundo as leis vigentes. A gravidade das acusações e as evidências apresentadas resultam em um caso com detalhes chocantes, abarcando não apenas a tristeza pela perda de uma vida inocente, mas também a necessidade de reflexão sobre a situação de crianças em risco dentro de seus próprios lares.
Provas de tortura e uso de substâncias
A polícia que investiga o caso revelou que laudos médicos identificaram a presença de morfina no organismo da criança, levantando suspeitas de que a substância tenha sido ministrada pelos acusados para evitar que a criança fosse levada ao hospital. Tais evidências reforçam a tese de que as agressões eram frequentes e sistemáticas, e que o casal colocou sua própria conveniência acima da vida da criança.
Resposta das autoridades e prevenção a casos semelhantes
O episódio trágico gerou ampla repercussão na sociedade, levantando questões importantes sobre a necessidade de monitoramento e ações de proteção a crianças que estão em situações similares. Especialistas sugerem que é fundamental que pais e responsáveis estejam mais atentos aos sinais de violência e abuso, e que a comunidade em geral tenha uma postura vigilante diante de situações suspeitas.
A justiça agora se move em direção à responsabilização dos réus, mas o caso evidencia a importância de um sistema de proteção às crianças, com a promoção de campanhas de conscientização para prevenir casos de abusos, além do fortalecimento da atuação das instituições que trabalham em prol da infância.
Como sociedade, é imprescindível que todos se unam na luta contra a violência infantil, garantindo que tragédias como essa não se repitam. O destino da criança de apenas 3 anos não deve ser esquecido, e sua história deve servir como um chamado à ação para todos nós.
Para mais informações sobre como ajudar crianças em situação de risco e denunciar abusos, consulte órgãos de proteção e serviços disponíveis em sua região.