Na manhã desta quarta-feira (13), os moradores de Campos do Jordão enfrentaram temperaturas que chegaram a meros 2,1 graus, enquanto a região do Vale do Paraíba e a área bragantina lidam com um clima seco e temperaturas baixas. De acordo com informações da Defesa Civil Estadual, várias cidades enfrentaram níveis de umidade do ar de alarmantes até 12,5%, colocando a região em uma situação crítica em termos de saúde e bem-estar.
A situação preocupante da umidade no Vale do Paraíba
Nos últimos dias, as cidades da região têm enfrentado níveis de umidade que se assemelham aos encontrados em desertos. Bragança Paulista, por exemplo, registrou o menor índice de umidade, com alarmantes 12,5%, colocando-a na oitava posição no ranking de menor umidade do estado de São Paulo. Para se ter uma ideia, as condições de umidade nessa localidade são comparáveis às do deserto do Saara, onde a umidade do ar varie de 14% a 20%.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que a umidade relativa ideal deve estar entre 60% e 80%. Porém, no Vale do Paraíba, a realidade é bem diferente. Entre os dez piores níveis de umidade registrados na região nesta quarta-feira, destacam-se:
- Bragança Paulista – 12,5%
- Piracaia – 16,7%
- São Luiz do Paraitinga – 20%
- Nazaré Paulista – 20,3%
- Atibaia – 20,8%
- Vargem – 24,5%
- Campos do Jordão – 25%
- Bom Jesus dos Perdões – 25,8%
- Pindamonhangaba – 25,9%
- Taubaté – 26%
Alerta da Defesa Civil
Cabe destacar que a Defesa Civil classificou os níveis de umidade da seguinte forma: umidade entre 20% e 30% é estado de atenção, entre 20% e 12% é estado de alerta e, quando a umidade fica abaixo de 12%, é declarado estado de emergência. Até o momento, a Defesa Civil alerta que as condições climáticas frias, combinadas à ausência de chuvas, estão contribuindo para a queda nos índices de umidade.
Problemas de saúde associados ao ar seco
O clima seco e frio pode resultar em uma série de problemas de saúde, especialmente para aqueles que já sofrem de doenças respiratórias, como asma, rinite alérgica ou bronquite crônica. A baixa umidade do ar pode provocar desconfortos como cansaço, dores de cabeça, e ressecamento de narinas e olhos. O alerta é para que os moradores tomem precauções adequadas para evitar agravar suas condições de saúde.
Dicas para enfrentar o tempo seco
Com a situação crítica da umidade, a Defesa Civil recomenda algumas ações para mitigar os efeitos do ar seco:
- Beba bastante água para manter a hidratação dos órgãos.
- Utilize umidificadores de ar ou coloque bacias com água nos ambientes.
- Hidrate bem as mucosas com soro fisiológico, pelo menos duas vezes ao dia.
- Lave os olhos com soro fisiológico ou colírio para aliviar a secura.
- Evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, pois elas podem causar desidratação.
- Mantenha sua casa limpa e evite o acúmulo de poeira.
- Evite exercícios físicos entre 11h e 17h, quando o calor é intenso.
- Proteja-se do sol e mantenha sua pele e mucosas hidratadas.
Reflexão sobre o tempo seco
O que se observa neste momento é uma realidade que não só afeta a qualidade de vida, mas também impõe um desafio para todos da região. As baixas temperaturas e a umidade do ar inferior à recomendada pela OMS nos alertam sobre a necessidade de cuidarmos mais da nossa saúde e bem-estar, especialmente em épocas como essa. Os moradores do Vale do Paraíba são encorajados a seguir as recomendações da Defesa Civil e a se manterem informados sobre as condições climáticas.
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