A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) afirmou que o plano de socorro às empresas atingidas pelas tarifas norte-americanas, apresentado nesta quarta-feira (13) pelo governo federal, representa “um primeiro passo” na tentativa de mitigar os danos causados pelos Estados Unidos. A iniciativa, chamada de Plano Brasil Soberano, foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.
Segundo a entidade, para que as medidas tenham efeito, é fundamental que as empresas, especialmente as pequenas e médias, tenham acesso rápido às ações do programa de apoio. A Firjan reforça a necessidade de manter o diálogo entre governo e setor privado, buscando soluções negociadas e a abertura de novos mercados, a fim de preservar o ambiente de negócios no país.
Impacto das tarifas e ações do governo
De acordo com a Firjan, aproximadamente 2% das exportações do estado do Rio de Janeiro estão sujeitas às tarifas impostas pelos Estados Unidos, com base nos dados de 2024. Entre os setores mais afetados estão Alimentos e Bebidas, Plástico, Químico, Têxtil e Pescado.
FIEMG: Medidas paliativas, mas insuficientes
A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) reconhece que as ações do Plano Brasil Soberano representam um esforço importante para conter parte dos prejuízos decorrentes das tarifas americanas. No entanto, a entidade alerta que o impacto real dependerá da agilidade na implementação e da eliminação de obstáculos burocráticos para que os recursos alcancem efetivamente o setor produtivo.
“As medidas podem dar algum fôlego às empresas, mas não resolvem a raiz do problema. É urgente que o Brasil mantenha negociações firmes e produtivas com o governo norte-americano, buscando reverter as tarifas e resguardar uma relação comercial estratégica. Se não houver rapidez na implementação e clareza nas regras, o risco é que os recursos e incentivos fiquem no papel”, afirmou Flávio Roscoe, presidente da FIEMG.
Para as federações, o avanço depende de uma ação conjunta que ultrapasse as medidas paliativas, buscando soluções de longo prazo e uma interlocução diplomática eficaz.
Mais informações podem ser acessadas na matéria completa do Agência Brasil.