Brasil, 13 de agosto de 2025
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Estragos em rodovias do Rio Grande do Sul afetam logística e economia

A CNT aponta nove pontes danificadas em rodovias brasileiras, sendo quatro no Rio Grande do Sul, com reflexos na economia local.

Um recente levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) evidencia os sérios gargalos de logística no Brasil, especialmente no que diz respeito à infraestrutura viária. O estudo destaca a precariedade de nove pontes em rodovias brasileiras, das quais quatro estão localizadas no Rio Grande do Sul. Essas pontes foram severamente danificadas durante a tragédia climática do ano passado, que provocou inundações e degradação nas estradas.

O impacto das pontes quebradas na região

A situação mais alarmante é a da ponte sobre o Rio Arroio Grande, na RS-287. A disputa entre o governo estadual e a concessionária Sacyr — responsável pela exploração do trecho — tem gerado um impasse na Justiça em relação à responsabilidade pela recuperação da estrutura. Enquanto a solução não chega, os moradores de Santa Maria e regiões vizinhas são forçados a utilizar uma ponte provisória, instalada pelo Exército Brasileiro, que tem mostrado sua limitação, permitindo que apenas um veículo pesado passe por vez. Essa restrição resulta em frequentes engarrafamentos nas vias locais, agravando ainda mais a situação de mobilidade da população.

“O que é provisório está virando definitivo,” afirma Andrei Lacerda, presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Santa Maria (Cacism), destacando a crítica situação da logística local e seu impacto na economia. Ele observa que as más condições das rodovias no interior do estado dificultam o acesso dos moradores a serviços essenciais.

De acordo com Lacerda, as estradas se tornaram cicatrizes visíveis no asfalto, resultado da tragédia climática. Ele expressa uma preocupação genuína: “O estado não tem condições de enfrentar outra enchente. Você vê a fragilidade nas estruturas dos municípios e nas pessoas. É muito difícil reconstruir tudo de novo,” lamenta.

Reportagem especial sobre a situação das pontes

Na última terça-feira (12/8), o Metrópoles lançou uma reportagem especial intitulada “Um Brasil que desmorona”, que investiga os efeitos devastadores do desmoronamento de pontes em quatro estados brasileiros: Amazonas, Maranhão, Rio Grande do Sul e Tocantins. A nuança regional da reportagem revela como diferentes localidades estão lidando com os desafios impostos pela falta de infraestrutura adequada.

Imagens do cenário devastador

Veja imagens de estradas e pontes destruídas no interior do RS:

Ponte destruída na RS-348

O impacto dessas estruturas danificadas não é apenas físico. O presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Santa Maria acrescenta que um trecho que antes era percorrido em três horas e meia agora pode levar o dobro do tempo, causando um aumento significativo nos custos operacionais. “É um dia a mais na diária do motorista. As transportadoras não estão conseguindo cumprir os horários dos caminhoneiros,” reclama Lacerda.

Falta de trafegabilidade e o clamor por soluções

Volnei Savegnago, funcionário público, é um dos que vivem a realidade amarga dessa crise. Ele mostra a devastação na RS-348, que liga Dona Francisca a Agudo, cidades próximas a Santa Maria. O cenário na rodovia é desolador, e não há sequer indicação sobre o início das obras de reparo. “Estamos nessa penúria desde as enchentes, acostumando-nos a viver assim,” desabafa Volnei, que reside em Faxinal do Soturno, município vizinho.

“Não há trafegabilidade, as pontes estão quebradas em trechos inteiros. Aqui ficamos abandonados,” expressa sua indignação. Apesar de o governo do Rio Grande do Sul afirmar que 94% das rodovias estaduais foram recuperadas, muitos cidadãos ainda experienciam os efeitos adversos do abandono.

A obstinação dos moradores e representantes locais reflete uma clara demanda por melhorias nas condições das rodovias e um desejo de restauração da normalidade. Somente assim poderão os cidadãos e as empresas navegar pelas vias do desenvolvimento, atenuando os problemas econômicos e logísticos que persistem na região.

Sem dúvida, a situação atual no Rio Grande do Sul destaca a importância de uma infraestrutura sólida e resistente a desastres naturais, mas também a urgência de respostas governamentais eficazes e proativas. O futuro das rodovias e, consequentemente, da economia regional, depende de ações rápidas e eficazes para reverter o ciclo de destruição.

Leia a reportagem completa.

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