Brasil, 13 de agosto de 2025
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Corte federal dos EUA confirma banimento de procedimentos de transição de gênero para menores em Arkansas

Tribunal de apelações dos EUA decide que Arkansas pode proibir procedimentos de transição de gênero para menores, reforçando a proteção infantil.

Nesta semana, uma corte federal de apelações dos Estados Unidos autorizou que o estado de Arkansas implemente a proibição de procedimentos de transição de gênero para menores, revertendo uma decisão anterior de uma corte inferior que havia bloqueado a lei. A decisão sustenta que Arkansas tem um “interesse legítimo” em proteger a saúde física e psicológica das crianças.

Lei de proteção a menores e a decisão judicial

A medida, intitulada SAFE Act (Lei Salvar os Adolescentes da Experimentação), foi aprovada em 2021 após a votação do Legislativo local, apesar do veto do então governador Asa Hutchinson. A lei proíbe que “profissionais de saúde” realizem procedimentos de transição de gênero em menores de 18 anos.

Em 2023, um juiz federal declarou a lei inválida, alegando que violava direitos constitucionais de crianças que desejam alterar seus corpos para refletir sua identidade de gênero.

Razões do tribunal e fundamentos jurídicos

Na decisão desta semana, o Tribunal de Apelações do 8º Circuito afirmou que a lei de Arkansas regula procedimentos específicos, e não pessoas, e destacou que a Suprema Corte dos EUA concede ampla margem de manobra para legislações médicas, especialmente em áreas de incerteza científica. O tribunal ressaltou ainda que pais não possuem autoridade ilimitada para decidir sobre procedimentos médicos de seus filhos, citando precedentes da própria Suprema Corte.

A corte afirmou que não há uma “direito profundamente arraigado” de pais de isentar seus filhos de regulações que proíbem procedimentos de transição de gênero, especialmente quando justificadas por proteger a saúde dos menores.

Repercussões e posicionamentos oficiais

Após o julgamento, o procurador-geral de Arkansas, Tim Griffin, comemorou a decisão, dizendo que ela reconhece o “interesse legítimo” do estado em proteger a saúde física e mental das crianças. “Estou satisfeito que os menores de Arkansas sejam protegidos de procedimentos experimentais com consequências duradouras”, afirmou.

Contexto nacional e decisões recentes

A decisão de Arkansas ocorre semanas após a Suprema Corte dos EUA validar a proibição de procedimentos de transição de gênero em Tennessee, reforçando a tendência de restrição de direitos de menores LGBTQ+ no país. A decisão da Suprema Corte foi citada pelo tribunal de Arkansas, que apontou que essa questão fica à margem da legislação, nomeando os representantes políticos como responsáveis por decidir.

Juízes como Elena Kagan alertaram que tais leis “minam liberdades fundamentais” e podem estabelecer um perigoso precedente de intervenção estatal nos direitos das crianças.

Impactos no panorama público e na medicina

O debate sobre políticas transgênero para menores envolve também mudanças nos procedimentos realizados em hospitais de todo o país. Diversas instituições têm interrompido cirurgias de transição em resposta às ações do governo de Donald Trump e às mudanças regulatórias. Em janeiro, Trump assinou uma ordem executiva para encerrar o “ideologismo de gênero radical” nas forças armadas, revertendo a política de Biden que permitia o serviço de soldados transgênero.

Segundo estudo do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), divulgado no ano passado, mais de 3% dos adolescentes nos EUA se identificam como transgênero, indicando uma crescente visibilidade do tema nas juventudes.

(Texto disponível em: Fonte)

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