Brasil, 14 de agosto de 2025
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Auditor preso por fraude com ICMS pode fazer delação premiada

Artur Gomes da Silva Neto, investigado por esquema de fraudes na Sefaz, sinaliza possibilidade de delação para reduzir a pena.

O auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, preso durante operação do Ministério Público de São Paulo, mostrou disposição de fechar um acordo de delação premiada. A decisão depende da apresentação de novas provas ou fatos que envolvam empresas no esquema de pagamento de propina para liberação de créditos tributários de ICMS, aumentando as chances de redução de pena.

Rede de contatos do auditor e investigação do MP

Conforme apurado pelo Ministério Público, a rede de contatos de Silva Neto foi fundamental para as investigações. O MP ainda trabalha para determinar quanto as empresas envolvidas receberam em adiantamento de créditos do ICMS — uma soma que, de acordo com os autos, chega ao “ressarcimento de centenas de milhões de reais”. Ainda não há um valor exato, mas as estimativas indicam que os créditos acumulados no Estado de São Paulo variam entre R$ 8 bilhões e R$ 9 bilhões, podendo chegar a R$ 40 bilhões, com base em levantamento da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).

Indenizações e valores estimados

Especialistas ouvidos pelo GLOBO estimam que o esquema, envolvendo propinas estimadas em R$ 1 bilhão nos últimos três anos, pode ter causado um prejuízo de até R$ 10 bilhões às empresas beneficiadas. Ainda assim, essa é uma estimativa preliminar, pois investigações continuam e podem identificar novas empresas e valores envolvidos. A operação foi deflagrada diante do risco de vazamento de informações confidenciais.

Próximos passos da investigação

O Ministério Público ouviu Silva Neto na tarde desta quarta-feira, na presença de seus advogados, e pretende também tomar depoimentos de funcionários da Ultrafarma e da Fast Shop, envolvidas no esquema. As autoridades justificaram a prisão de Sidney Oliveira, fundador da Ultrafarma, e do diretor da Fast Shop, como medida para evitar a obstrução das investigações e impedir possíveis ameaças ao andamento do caso. Os promotores ressaltaram ainda que o esquema ainda estaria em funcionamento, justificando a necessidade de medidas restritivas.

Implicações futuras

Apesar de ainda não haver confirmação de delação formal, o potencial de o auditor fechar acordo pode representar um avanço na responsabilização das empresas envolvidas. As investigações continuam, buscando esclarecer o alcance do esquema e o valor exato dos prejuízos causados ao erário.

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