O sueco Armand Duplantis, conhecido como uma lenda do salto com vara, mais uma vez deixou sua marca na história do atletismo. Na última terça-feira, ele quebrou o recorde mundial da modalidade pela terceira vez em menos de um ano, saltando impressionantes 6,29 metros durante o Grand Prix da Hungria. Essa conquista não apenas reafirma sua superioridade nas competições, mas também reacendeu o debate sobre as recompensas financeiras atreladas às suas quebras de recorde.
Duplantis e seus recordes impressionantes
Bicampeão olímpico e mundial, Duplantis acumula ao longo de sua carreira a impressionante marca de 13 quebras de recorde mundial desde 2020, muitas vezes por um centímetro a mais. A cada nova marca, ele não só conquista fama e respeito, mas também uma considerável quantidade de prêmios em dinheiro. No Campeonato Mundial, por exemplo, atletas que quebram recordes recebem uma recompensa de 100 mil dólares, o que equivale a cerca de R$ 540 mil, valor que supera em 30 mil dólares a premiação para a medalha de ouro.
Além disso, em outras competições, esses atletas frequentemente recebem incentivos financeiros de seus patrocinadores pessoais, o que reforça a ideia de que Duplantis está em uma posição privilegiada no circuito esportivo. A prática de deliberadamente saltar centímetros acima dos recordes para maximizar suas recompensas financeiras gerou críticas. Muitos fãs e especialistas questionam se ele, de fato, poderia saltar mais alto, mas escolhe manter suas marcas em um nível que maximiza seus lucros.
A “falha” no sistema e as reações nas redes sociais
O que tem gerado debates acirrados entre os fãs é o que muitos chamam de “glitch” – um termo emprestado dos jogos eletrônicos que descreve falhas que permitem uma exploração de vantagens. Um usuário do Twitter sugeriu ironicamente que Duplantis encontrou uma forma de ganhar “dinheiro infinito” ao quebrar recordes de forma repetitiva e sequencial. Outros apoiaram a ideia, reforçando que ele deveria aproveitar cada oportunidade de lucro que seu talento e seu contrato de patrocínio podem oferecer.
Um internauta observou que, embora seja evidente que Duplantis tenha controle sobre suas performances, tal estratégia pode ser vista como uma forma de enganar seu público, ao não utilizar todo seu potencial em cada tentativa de salto.
Transparência e admissão de Duplantis
Em entrevista ao canal “Real Talk with Tee”, o próprio Duplantis reconheceu essa dinâmica de forma bem-humorada, afirmando: “É verdade. Tenho que ganhar a vida. Alguém tem que fazer isso. É um ‘glitch’, ou seja lá como querem chamar. No fim, faço o que tenho que fazer.” Ele argumentou que não são muitos os atletas que conseguem tirar proveito financeiro de suas carreiras no atletismo, ressaltando a importância de capitalizar suas conquistas.
Perspectivas futuras para Duplantis
Com apenas 25 anos, Armand Duplantis já se consolidou como uma das estrelas do atletismo mundial e é uma das promessas para os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028. Se continuar quebrando recordes, não só se solidificará ainda mais na história do esporte como também poderá reajustar sua posição financeira, respaldada por suas expertises e a habilidade de atrair patrocinadores.
Os recordes mundiais que Duplantis alcançou até agora demonstram sua impressionante trajetória:
- 2020 – 6m17
- 2020 – 6m18
- 2022 – 6m19
- 2022 – 6m20
- 2022 – 6m21
- 2023 – 6m22
- 2023 – 6m23
- 2024 – 6m24
- 2024 – 6m25
- 2024 – 6m26
- 2025 – 6m27
- 2025 – 6m28
- 2025 – 6m29
Armand Duplantis, com suas conquistas, continua não apenas a definir a sua carreira, mas também a redefinir o que significa ser um atleta de elite no mundo do atletismo moderno, onde as prestígios e as recompensas financeiras são tão importantes quanto as medalhas e recordes.
