Brasil, 13 de agosto de 2025
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Acusações de corrupção entre líderes do União Brasil agitam política

Luciano Bivar acusa Antonio Rueda de vender diretórios do partido; União Brasil repudiou as alegações.

Recentemente, a política brasileira foi sacudida por uma série de acusações feitas por Luciano Bivar, ex-presidente do União Brasil e atual deputado federal, contra Antonio Rueda, o atual presidente da legenda. Bivar alega que Rueda estaria negociando diretórios estaduais e municipais em troca de dinheiro, uma prática que, de acordo com ele, contaminará a integridade do partido. Essas declarações geraram tanto polêmica quanto divisão interna no União Brasil, que há pouco enfrentou uma ruptura significativa entre seus dois líderes.

Ruptura entre Bivar e Rueda

A relação entre Bivar e Rueda, que durou mais de duas décadas, chegou ao fim em 2024, quando Rueda, na época vice-presidente da sigla, anunciou seu desejo de assumir a liderança do partido. O rompimento foi acentuado pelo clima de desconfiança que se instalou entre eles, culminando em denúncias de ameaças de morte. A situação saiu do controle, levando a uma série de acusações e uma investigação interna que levantou questões sobre a moralidade dentro do partido.

As acusações de Bivar

Em uma entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Bivar afirmou que presenciou várias “negociatas” realizadas por Rueda, em especial no que diz respeito ao controle dos diretórios do Rio de Janeiro e de São Paulo, que segundo ele, foram vendidos. Embora confesse não ter provas concretas para sustentar suas alegações, ele expressou “absoluta certeza” de que tais transações ocorreram. “Em troca [dos diretórios], ele recebia propinas”, afirmou Bivar, enfatizando sua crença em um esquema corrupto operado sob sua vista por anos.

A resposta do União Brasil

Diante das acusações, o União Brasil respondeu rapidamente, descrevendo as alegações feitas por Bivar como “falsas e levianas”. A nota emitida pelo partido defendeu Rueda, afirmando que as decisões sobre diretórios são auditadas e rigorosamente registradas, conforme a legislação eleitoral e o estatuto partidário. Essa resposta foi vista como parte de um esforço para minimizar os danos causados pela controvérsia e manter a integridade do partido.

Conflito crescente e consequências

A tensão entre Bivar e Rueda intensificou-se, especialmente em fevereiro de 2024, quando Rueda alegou ter recebido ameaças de morte. Embora Bivar tenha negado as acusações, reconheceu que a conversa entre os dois foi acalorada e marcada por insultos. A escalada das tensões culminou em novas denúncias, incluindo uma que afirmava que Bivar teria separado R$ 20 milhões para “acabar com a vida” de Rueda.

Essa troca de acusações gerou um clima de conflito que se tornou público e resultou em investigações por parte do Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado de Rueda afirmou que Bivar usou declarações que poderiam ser interpretadas como ameaças, aumentando ainda mais a gravidade da situação.

Incêndios suspeitos e acusações de ameaças

Em um possível desdobramento das tensões entre os dois, as casas de praia de Rueda e sua irmã foram atingidas por incêndios, o que levou a defesa de Rueda a especular sobre a possibilidade de autoria criminosa, colocando Bivar no centro das suspeitas. Bivar, por outro lado, negou qualquer ligação com os incêndios e qualificou as alegações de “ardil fantasioso”. Essa situação apenas enfatiza a gravidade do conflito entre os dois políticos.

Reflexões sobre a amizade rompida

Durante suas declarações, Bivar compartilhou suas reflexões sobre a amizade que foi quase uma década. “A melhor coisa foi me separar dele ainda em vida”, disse Bivar, enfatizando que, caso não tivesse feito isso, sua memória poderia ser manchada ao ser lembrado como próximo de alguém que considera um “psicopata” e “amoral”. Essa descrição revela a profundidade da traição percebida por Bivar e seu desejo de distanciamento do que considera práticas antiéticas.

Com essa série de acontecimentos, o futuro do União Brasil e a relação entre seus membros se tornaram incertos. Bivar parece determinado a garantir que suas alegações sejam ouvidas, mesmo na falta de provas claras. Enquanto isso, Rueda e o União Brasil tentam superar os desafios internos e restaurar a confiança em sua liderança.

Por fim, a crise na política do União Brasil levanta questões sobre a moralidade e a ética dentro dos partidos, um tema que continua a reverberar no cenário político brasileiro. As investigações em andamento poderão esclarecer os fatos e oferecer um desfecho para este intrincado drama político.

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