Brasil, 13 de agosto de 2025
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Acordo Nvidia e a estratégia de Trump para apropriar-se das receitas

Análise do acordo entre o governo Trump e a Nvidia revela tendências de capitalismo de compadrio e impacto na relação sino-americana

O acordo recente entre o governo dos Estados Unidos e a Nvidia, que envolve o repasse de receitas de chips à administração americana, representa uma estratégia de fortalecimento de setores tecnológicos cruciais e pode servir como modelo para outras indústrias, segundo análises de especialistas. A iniciativa foi destacada nesta quarta-feira pelo secretário de Comércio, John Bessent, em entrevista ao canal Bloomberg Surveillance.

Estratégia de expansão e reconfiguração do mercado tecnológico

De acordo com Bessent, a solução adotada por Donald Trump permitiu que a Nvidia se expandisse na China, tornando-se uma referência tecnológica no país, enquanto parte das receitas geradas pelo acordo retornaria aos cofres públicos americanos. “Acreditamos que poderíamos ver isso acontecer em outras indústrias com o tempo”, afirmou o secretário, destacando o caráter inovador da estratégia.

Impactos na dívida pública e distribuição de recursos

O secretário revelou que a receita obtida com esse modelo pode ser destinada ao pagamento da dívida nacional. “Se conseguirmos fazer um reembolso substancial, isso abriria espaço para discutir programas de recompensas financeiras aos contribuintes”, explicou. A expectativa é de que, ao fortalecer a arrecadação, o governo projete recursos para benefícios diretos à população.

Relação China-EUA e estratégias de contenção

Bessent comentou também sobre a postura da China com relação aos processadores Nvidia H20, limitando o uso desses chips em seu mercado. Ele afirmou que “podemos discutir isso com os chineses”, embora tenha ressaltado que a preocupação do país é o potencial de os chips da Nvidia se tornarem um padrão de tecnologia na China, o que geraria um impacto estratégico na competição entre as duas maiores economias mundiais.

Possíveis negociações e interesses económicos chineses

O responsável também mencionou que os próximos meses serão decisivos para futuras reuniões com autoridades chinesas, aguardando a retomada do diálogo. Segundo ele, a China deve priorizar recursos para indústrias críticas, como semicondutores e ímãs de terras raras, mas sem prometer grandes concessões comerciais, como incentivos financeiros substantivos, ao contrário do que fizeram Japão e União Europeia.

Contexto geopolítico e a disputa pela liderança tecnológica

Especialistas avaliam que o atual cenário é marcado por uma intensa disputa na área de tecnologia e inteligência artificial, impulsionada pelas restrições comerciais americanas que visam limitar o avanço chinês nesse setor. O prolongamento por mais 90 dias da suspensão de tarifas tarifárias por parte de Trump sinaliza uma tentativa de manter o equilíbrio na relação econômica global enquanto busca-se um acordo duradouro.

Segundo análises, a estratégia do governo americano de apropriação das receitas de empresas como a Nvidia pode alterar o rumo das políticas econômicas e comerciais futuras, influenciando a globalização de setores essenciais e reforçando o papel do Estado na economia de alta tecnologia.

Para mais detalhes sobre o acordo Nvidia, acesse a matéria da Globo.

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