Brasil, 19 de setembro de 2025
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Vereadora Professora Angela é investigada por quebra de decoro parlamentar

A Câmara Municipal de Curitiba investiga a vereadora Professora Angela por acusações de incentivo ao uso de drogas em audiência pública.

A Câmara Municipal de Curitiba decidiu abrir uma investigação contra a vereadora Professora Angela, do PSOL, por suposta quebra de decoro parlamentar. A decisão ocorreu após denúncias feitas pelos vereadores Da Costa, do União, e Bruno Secco, do PMB. As queixas surgiram por causa de uma audiência pública realizada no último dia 5, durante a qual os denunciantes alegam que houve “incentivo ao consumo de drogas”, resultando em um suposto abuso da imunidade parlamentar. A avaliação do mérito da acusação será realizada pela Corregedoria do Legislativo, que tem um prazo de 30 dias para concluir a investigação.

Entenda as alegações e a defesa da vereadora

Durante a audiência pública, segundo a vereadora, foram abordados temas relevantes como segurança pública, saúde e políticas de drogas na capital paranaense. Como parte da programação, foi distribuído um material explicativo sobre a estratégia de redução de danos para usuários de drogas. A vereadora argumenta que o intuito do evento era promover uma discussão informativa e educativa sobre um tema crítico em nossa sociedade.

Os vereadores Da Costa e Secco não apenas apresentaram suas queixas, mas também divulgaram vídeos onde afirmam que o conteúdo da cartilha distribuída durante a audiência incentiva diretamente o uso de drogas. Da Costa afirma que a vereadora ultrapassou os limites da liberdade de expressão, utilizando sua posição para promover uma causa que, em sua visão, é prejudicial.

As afirmações de deliberação sobre liberdade de expressão

Da Costa, em declaração, expressou que o material que foi discutido na audiência representa “apologia e incentivo ao uso de drogas dentro da estrutura da Câmara”, um espaço que deve, segundo ele, refletir respeito à lei e à ordem pública. Essa crítica é parte de um movimento crescente que tem tentado criar um ambiente mais seguro e controlado em relação a questões de drogas em contextos públicos.

Em resposta às acusações, a vereadora Professora Angela se pronunciou oficialmente, defendendo que a audiência e a distribuição de material informativo foram distorcidas por “parlamentares de extrema-direita”. Ela descreveu essa ação como uma “ofensiva covarde e mentirosa”, buscando criminalizar um debate legítimo sobre saúde pública. Angela argumenta ainda que a redução de danos é uma abordagem centrada na saúde, que busca garantir a autonomia e a segurança das pessoas ao invés de se concentrar apenas nas substâncias em si.

Manifesto de apoio à vereadora

Em meio à controvérsia, a vereadora lançou um manifesto intitulado “Fica, Professora Angela”, que já conta com o apoio de diversos membros da sociedade civil, políticos e organizações. Este movimento de apoio destaca a solidariedade em torno de seu mandato e a importância de promover um debate saudável sobre as questões de drogas de maneira responsável e informativa.

Com a investigação agora formalizada, vários aspectos do evento serão analisados, incluindo a coleta de provas, depoimentos de testemunhas e possíveis diligências. O corregedor do Legislativo terá a responsabilidade de elaborar um relatório com as conclusões da sindicância ao final do processo, que deve ser concluído em até um mês.

O papel da política na discussão sobre drogas

Essa situação sublinha um tema recorrente e polarizador dentro da política brasileira: a maneira como as questões relativas ao consumo de drogas são tratadas e discutidas em arenas públicas. A abordagem da redução de danos tem ganhado espaço em diversos países como uma maneira eficaz de lidar com a dependência química, promovendo a saúde pública e o respeito à dignidade humana. A polarização das opiniões, como evidenciado pela divergência entre os vereadores, reflete as diferentes compreensões que existem sobre o assunto dentro da sociedade.

À medida que a Câmara Municipal de Curitiba avança nesse processo, tanto os defensores da vereadora quanto os críticos acompanharão de perto os desdobramentos, que podem ter implicações significativas não apenas para a carreira da Professora Angela, mas também para o futuro da discussão sobre políticas de drogas no Brasil.

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