Brasil, 12 de agosto de 2025
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TV Box não homologados usados em ataques cibernéticos, revela Anatel

Dispositivos como InXPlus e TouroBox estão infectados por malware, expondo usuários a riscos de roubo de dados e atividades ilícitas

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou nesta terça-feira um estudo que revela que dois tipos de TV Box não homologados, o InXPlus e o TouroBox, estão sendo infectados por softwares maliciosos, colocando em risco a segurança de seus usuários. Esses aparelhos, vendidos irregularmente, têm sido utilizados por criminosos para diversas atividades ilegais na internet.

Percurso das Infecções e Uso do Malware BADBOX 2.0

Segundo o estudo, muitos desses dispositivos chegam ao mercado com o malware BADBOX 2.0 pré-instalado, especialmente marcas desconhecidas. Alternativamente, os aparelhos podem ser infectados após a instalação de aplicativos de fontes não confiáveis. Uma vez conectados à rede doméstica, eles passam a fazer parte de uma atividade coordenada pelos criminosos, que controlam remotamente milhões de dispositivos.

Mesmo em modo de espera, esses aparelhos geram tráfego de dados suspeito, evidenciando que operam com softwares maliciosos continuamente ativos, o que amplia seu potencial de uso para atividades ilícitas.

Atividades ilegais envolvendo os dispositivos infectados

Os aparelhos comprometidos têm sido utilizados em várias ações ilegais, como fraudes de cliques em anúncios, roubo de credenciais para acessar contas, criação de contas falsas em plataformas diversas, venda de acesso a redes proxy residencial, além de ataques de negação de serviço (DDoS) e disseminação de vírus.

“O BADBOX 2.0 é especialmente perigoso porque pode se manter nos dispositivos mesmo após reinicializações, permitindo que os cibercriminosos carreguem novos códigos remotamente, evoluindo com o tempo”, alertou a Anatel.

Crescimento e alcance da ameaça

De janeiro a junho deste ano, foram identificados 345 mil IPs infectados por esses malwares. Em agosto, esse número saltou para 1,5 milhão, atualmente atingindo 1,8 milhão. A ameaça é mundial, com alertas emitidos pelo FBI e centros de segurança cibernética de países como Irlanda e Portugal, sendo o Brasil o mais afetado.

Recomendações para consumidores e combate às irregularidades

A Anatel reforça que todo equipamento de telecomunicação vendido no Brasil deve passar pelo processo de homologação, garantindo sua segurança. Os consumidores devem verificar a certificação do dispositivo no portal oficial da Anatel.

Para diminuir os riscos, a agência recomenda usar somente dispositivos homologados, evitar fontes não confiáveis para downloads, manter softwares atualizados e desligar aparelhos suspeitos que demonstrem sinais de comprometimento.

Esforços de fiscalização e futuro do mercado

A Anatel intensificou suas ações de fiscalização e tem investido em soluções tecnológicas para assegurar um mercado digital seguro, transparente e em conformidade com as normas. Segundo o conselheiro Alexandre Freire, “todo esforço visa proteger o consumidor e combater a pirataria”.

De acordo com a agência, a fiscalização deverá continuar reforçada, garantindo que equipamentos irregulares não entrem no mercado e que os usuários estejam protegidos contra ameaças virtuais.

Para mais informações, acesse o fonte original.

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