O valor do café apresentou uma redução de 1,01% em julho, marcando a primeira queda desde dezembro de 2023, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (12) pelo IBGE. A tendência de baixa já era prevista por economistas, após meses de alta.
Inflação do café e influência na alimentação
Embora o preço ao consumidor tenha recuado, o café moído acumula uma inflação de 70,51% em 12 meses, segundo o IPCA. No mesmo período, o IPCA geral registrou uma alta de 0,23%, enquanto o grupo de Alimentação e Bebidas teve uma redução de 0,27% em julho, o segundo recuo consecutivo.
Influência da safra e previsão de continuidade na queda
Analistas ressaltam que a colheita brasileira, que iniciou em março e ocorre até setembro, tem contribuído para a diminuição das cotações no campo. Junho e julho são os meses de maior colheita e impacto na oferta, levando à tendência de queda nos preços de supermercado e atacado.
“A expectativa é que a tendência de preços mais baixos continue devido ao avanço da safra”, afirmou a economista Mariana Oliveira, especialista em mercado agrícola.
Impactos no mercado e expectativa de estabilidade
Especialistas do setor señalizam que a redução no preço do café é uma oportunidade para consumidores,mas também há alerta para o mercado externo. O Brasil, maior produtor mundial, deve manter a produção em volume elevado nesta temporada, o que tende a pressionar ainda mais os preços.
Segundo dados da IBGE, a expectativa é de que, com a continuidade da safra e crescimento das colheitas, os preços ao consumidor sigam em tendência de queda nos próximos meses.
Perspectivas futuras para o mercado de café
Com as melhores expectativas para a safra brasileira e o impacto no mercado interno, especialistas avaliam que o cenário de preços mais acessíveis pode permanecer até o fim do ciclo de colheita, contribuindo para conter a inflação na categoria de alimentos.