A Petrobras e o Ibama marcaram uma data para a realização da Avaliação Pré-Operacional (APO) referente à licença de perfuração do poço exploratório na Margem Equatorial, localizada no litoral do Amapá, na bacia da Foz do Amazonas. O procedimento, previsto para o próximo dia 24, inclui uma simulação de vazamento de petróleo na região, que deve durar de três a quatro dias, caso não haja intercorrências durante os testes, segundo Sylvia dos Anjos, diretora de Exploração e Produção da estatal.
Simulação de vazamento e expectativa de aprovação
O exercício de simulação de vazamento é uma etapa crucial para liberação da licença de perfuração e tem como objetivo avaliar a capacidade de resposta em caso de acidentes ambientais na área. Se as simulações ocorrerem sem problemas, a avaliação deve ser concluída na data estipulada. A iniciativa demonstra o avanço do processo para exploração de petróleo na região, considerado uma prioridade pelo governo.
Entusiastas e apoio político
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), celebrou o calendário de etapas, reforçando a importância do tema para o estado que ele representa. “Recebi com grande alegria a notícia sobre o avanço nas etapas para a pesquisa exploratória de petróleo na Margem Equatorial. Essa é uma vitória do Amapá e do Brasil”, afirmou Alcolumbre, destacando o potencial de até 30 bilhões de barris de petróleo na faixa terrestre.
Compromisso do governo e expectativa de receita
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou seu compromisso com a exploração na região, alinhado ao apoio de Alcolumbre. Desde 2023, o Ibama havia recusado a licença à Petrobras, exigindo o atendimento de uma série de requisitos ambientais. O governo estima que a atividade possa gerar até R$ 1 trilhão em arrecadação por meio da produção de petróleo na área.
Perspectivas futuras
Analistas veem o avanço como um marco na política energética do país, que busca equilibrar exploração de recursos naturais e sustentabilidade. A realização da avaliação no próximo dia 24 representa um passo importante na liberação do projeto, aguardando-se a confirmação da licença para iniciar as operações de perfuração e exploração na região do Amapá.
Segundo informações do GLOBO, o avanço do processo ocorre num cenário de crescente interesse pelo potencial petrolífero da Margem Equatorial, que pode transformar o perfil econômico do estado e do país.