Nas últimas semanas, Pequim enviou orientações a diversas empresas chinesas recomendando a evitação dos processadores H20 da Nvidia, especialmente em atividades relacionadas ao governo ou à segurança nacional. A medida intensifica o desafio da fabricante de chips para recuperar bilhões em receita perdida na China, após a reversão das restrições de exportação dos Estados Unidos.
Recomendações oficiais e impacto no mercado de chips
De acordo com fontes anônimas próximas às discussões, as autoridades chinesas enviaram comunicados que desencorajam o uso dos chips H20, embora sem uma proibição total. Especialistas destacam que, apesar da orientação mais rígida, o uso desses processadores ainda é considerado importante para aplicações de inteligência artificial no país.
A Nvidia, assim como a AMD, obteve recentemente autorização dos Estados Unidos para exportar chips de inteligência artificial de baixo desempenho à China. No entanto, a licença inclui a exigência de pagamento de 15% da receita gerada com tais vendas ao governo americano, um aspecto controverso e juridicamente questionado.
Conflito de interesses entre segurança e competitividade
Pequim busca fortalecer sua produção local de semicondutores, incentivando empresas a optarem por chips nacionais. Apesar de melhorias significativas na qualidade dos componentes chineses, especialistas ressaltam que eles ainda não substituem totalmente os chips ocidentais em cargas de trabalho avançadas em IA. Entenda como a China aposta em produtos brasileiros em meio a tensões comerciais.
Pressões por segurança e soberania tecnológica
Autoridades chinesas levantaram preocupações sobre possíveis recursos de rastreamento e desligamento remoto dos chips Nvidia, alegando riscos de segurança — alegações que a Nvidia nega enfaticamente. Pequim também reforçou que atualmente restringe o uso dos chips em setores sensíveis, mas há indícios de que novas restrições poderão ser ampliadas.
Resposta e estratégia das empresas americanas
Sobre a recomendação chinesa, Nvidia afirmou que “o H20 não é um produto militar nem destinado à infraestrutura governamental”, ressaltando que a China tem amplo fornecimento e não depende exclusivamente de chips americanos para suas operações. A AMD também se recusa a comentar oficialmente a situação, enquanto as autoridades americanas buscam equilibrar interesses comerciais e de segurança.
Perspectivas futuras e negociações internacionais
O clima de incerteza deve continuar, já que Pequim manifesta interesse em ampliar suas diretrizes de segurança, possivelmente restringindo ainda mais o uso de chips estrangeiros na China. Ao mesmo tempo, os EUA negociam com a China para garantir acesso a minerais de terras-raras, o que pode influenciar futuras licenças e exportações de semicondutores.
Analistas apontam que a presença de restrições mais severas para chips de IA, como o H20, reflete o desafio de equilibrar segurança e competitividade no contexto geopolítico atual. Pequim busca fortalecer sua cadeia de suprimentos doméstica, enquanto Washington tenta limitar o avanço tecnológico chinês sem prejudicar seu próprio setor de tecnologia.
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