As tradições e sabores da culinária afro-brasileira terão destaque em Feira de Santana, onde o projeto “Ajeumbó: O Axé que nos alimenta” está promovendo oficinas gratuitas de gastronomia. As atividades visam não apenas o aprendizado culinário, mas também o fortalecimento da identidade cultural e o combate ao racismo religioso, através da valorização das práticas alimentares ligadas às religiões de matriz africana.
Detalhes das oficinas e inscrição
As oficinas acontecerão a partir do próximo sábado, 16 de agosto, às 14h, na sede do Terreiro Ilê Axé Yaominibu Megi, situado no Caminho Hefesto, Loteamento Planalto Papagaio, no bairro Papagaio. Serão oferecidas 15 vagas para cada oficina, com público-alvo de jovens e adultos a partir de 12 anos. As inscrições podem ser realizadas por meio de um formulário online que está disponível promocionado nas redes sociais do projeto.
Aprendizados e significados culturais
As aulas serão conduzidas pela Iyalorixá Maricélia de Oxum, que compartilhará seus conhecimentos sobre dez pratos sagrados da culinária afro-brasileira. Cada encontro abordará um orixá específico, promovendo não apenas o aprendizado sobre os pratos, mas também a discussão acerca dos seus significados e da importância social que cada um carrega. A seguir, confira o cronograma das oficinas:
- 16/08 – Oficina de Abertura: Nanã, Omolu e Oxumaré – Sabores da terra: Efó, Aberém e Poço de Bessen. Tema: resistência do sagrado.
- 13/09 – Oficina 2: O casal do dendê – Acarajé para Oyá e Amalá para Xangô. Tema: igualdade social e força feminina.
- 27/09 – Oficina 3: Ogum e Odé – Feijoada para Ogum e Canxoxô para Odé. Tema: fortalecimento da coletividade.
- 18/10 – Oficina 4: O poder das águas – Ipeté para Oxum e Eboyá para Iemanjá. Tema: valorização do sagrado feminino e afeto através da comida.
Objetivos do projeto
De acordo com a coordenação do projeto, as oficinas têm como principal objetivo promover um diálogo significativo sobre a cultura afro-brasileira. Além disso, buscam combater preconceitos e racismo religioso, reforçando a conexão ancestral e divina que está presente nas práticas de cozinhar e comer. “Cozinhar é um ritual sagrado em nossas religiões, e essas oficinas são uma oportunidade para celebrarmos essa cultura rica e multifacetada”, afirmou Maricélia.
A importância da gastronomia na cultura afro-brasileira
A gastronomia afro-brasileira é um dos pilares da cultura do país. Cada prato tradicional conta uma história e carrega em si um pedaço da ancestralidade africana. As oficinas, ao serem oferecidas de forma gratuita, tornam acessível a toda a comunidade a oportunidade de não apenas aprender uma receita, mas também entender o contexto social e religioso que envolve cada alimento. De acordo com especialistas, a culinária é uma forma poderosa de preservar e transmitir a cultura, especialmente em um país como o Brasil, onde as influências africanas são tão presentes.
O projeto “Ajeumbó: O Axé que nos alimenta” é um convite à reflexão sobre a comida como um ato de resistência e de afirmação da cultura afro-brasileira. Através dos sabores, o projeto pretende unir as pessoas e fomentar um espaço de aprendizado e troca de experiências.
Para mais informações sobre o projeto e as inscrições, os interessados podem acompanhar as atualizações nas redes sociais ou procurar diretamente a sede do Ilê Axé Yaominibu Megi. Participar dessas oficinas é uma forma de aprender, celebrar e respeitar a rica cultura afro-brasileira que tanto contribui para a identidade do Brasil.
Não perca a oportunidade de se conectar com as suas raízes! Inscreva-se agora e venha aprender sobre a riqueza da culinária que faz parte das nossas histórias.
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