Brasil, 13 de agosto de 2025
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Livro sobre transição de gênero é removido de escolas na Flórida

O livro “Trans Mission: My Quest to a Beard”, escrito por Alex Bertie, um influente ex-youtuber trans, foi oficialmente removido das prateleiras das escolas públicas do Condado de Hillsborough em 8 de agosto. Essa decisão vem em meio a um contexto crescente de pressão por parte de autoridades educacionais na Flórida para retirar obras que são consideradas “inapropriadas” por alguns grupos de pais.

A polêmica em torno da remoção do livro

Após uma recente troca acalorada de mensagens entre o superintendente das escolas de Hillsborough, Van Ayres, e o novo comissário de educação do estado, Anastasios Kamoutsas, a decisão de retirar o livro foi agilizada. Kamoutsas publicou uma foto do livro em suas redes sociais no dia 4 de agosto, exigindo a remoção imediata sob pena de consequências ainda mais severas.

Inicialmente, Ayres tomou a medida de restringir o acesso ao livro, permitindo que somente alunos com autorização parental pudessem lê-lo, além de não expô-lo nas bibliotecas escolares. No entanto, em um curto espaço de tempo, a pressão das autoridades resultou na completa remoção da obra.

A pressão sobre as escolas da Flórida

Esta não é a primeira vez que uma instituição educacional na Flórida se vê envolvida em uma controvérsia desse tipo. As remoções de livros estão se tornando comuns, à medida que a legislação do estado tem permitido que pais e responsáveis contestem materiais escolares, rotulando-os como problemáticos. Esse movimento é amplamente criticado por defensores da liberdade de expressão que veem uma tentativa de censura sistemática e uma violação dos direitos garantidos pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos.

Nos últimos meses, Ayres enfrentou intenso escrutínio sobre sua gestão em relação a temas LGBTQ+ nas escolas. E-mails e comunicações de figuras públicas, como o ex-comissário de educação Manny Diaz Jr., expressaram preocupação com a presença de conteúdos que consideravam “pornográficos”, exigindo uma resposta do superintendente.

A resposta do superintendente

Em resposta à situação, Ayres afirmou em redes sociais que “entende as preocupações do Comissário Kamoutsas” e destacou que o livro em questão não foi adquirido sob sua gestão. Ele se comprometeu a assegurar que, no futuro, todas as obras compradas com verbas públicas contribuíssem para o avanço acadêmico e o sucesso dos alunos.

O conteúdo do livro controverso

O livro “Trans Mission” é um relato sobre a jornada de Bertie como um jovem trans, abordando temas de identidade de gênero e transição. Embora tenha sido uma história de empoderamento para muitos, a sua natureza controversa levou a um intenso debate sobre o que deve ser ensinado nas escolas e quais vozes devem ser ouvidas no espaço acadêmico.

Kamoutsas argumentou que a presença de livros como “Trans Mission” nas escolas expunha os alunos a conteúdos inapropriados, uma posição que muitos críticos de sua administração veem como um passo perigoso rumo à censura. A necessidade de revisão dos materiais escolares foi enfatizada, enquanto as vozes de media specialists, que tradicionalmente atuam como defensores dos direitos dos alunos, foram silenciadas por essa pressão política.

O futuro da literatura nas escolas da Flórida

Este incidente levanta questões mais amplas sobre a literatura disponível nas escolas e sobre como as decisões são tomadas em relação ao que é adequado para os estudantes. O papel dos media specialists se torna ainda mais crítico, visto que eles são os responsáveis por avaliar e aprovar os livros que integram as bibliotecas escolares. Muitos acreditam que uma abordagem mais inclusiva e informada em relação a tópicos sensíveis como diversidade e identidade pode enriquecer a educação dos alunos.

Enquanto a luta por uma educação mais inclusiva continua, a remoção de obras literárias como “Trans Mission” pode ser vista como um retrocesso. O desenrolar dessa situação pode influenciar não apenas o futuro da Educação na Flórida, mas também o debate nacional sobre censura e liberdade acadêmica.

Com a crescente atenção da mídia e da sociedade sobre a questão, é provável que o assunto continue a ser discutido, levantando importantes reflexões sobre os valores que desejamos transmitir às futuras gerações.

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