Brasil, 12 de agosto de 2025
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Governador do Distrito Federal responde a declarações de Trump sobre violência

Ibaneis Rocha rebate presidente dos EUA, defendendo dados da segurança em Brasília em carta enviada a Donald Trump.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, enviou nesta terça-feira (12) uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em resposta a declarações do republicano que compararam Brasília a capitais com altos índices de violência. A ação de Ibaneis é uma defesa da imagem da capital brasileira, que tem enfrentado uma crescente percepção negativa por parte de líderes internacionais.

A resposta do governador

No documento, Ibaneis esclareceu que “a percepção [de Brasília como uma cidade violenta] não reflete a realidade” e fundamentou sua argumentação em dados do Atlas da Violência 2024, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Segundo o governador, Brasília registrou, no ano anterior, uma taxa de 6,9 homicídios para cada 100 mil habitantes, o que a coloca como a terceira capital com menos homicídios no Brasil.

“Este resultado representa um marco histórico e reflete políticas públicas assertivas que vêm sendo implementadas”, destacou Ibaneis em sua carta, ressaltando a importância de estratégias eficazes de segurança pública na redução de crimes na região.

Ibaneis também mencionou que durante uma recente reunião com governadores de diversos estados brasileiros, o foco foi a necessidade de um diálogo aberto e construtivo com o governo dos Estados Unidos, visando suavizar tensões e facilitar um intercâmbio positivo entre as duas nações. Ele reforçou que é essencial que a cooperação se mantenha, especialmente para minimizar impactos negativos em áreas como a economia nacional.

Contexto das declarações de Trump

As declarações de Trump, feitas no início da semana, surgiram em meio a um anúncio de intervenção federal na segurança de Washington, D.C., onde o presidente expressou preocupação com o aumento da criminalidade. Trump alegou que a violência na capital americana estava “fora de controle” e ordenou a remoção de pessoas em situação de rua, além de criminosos das ruas de Washington.

Durante suas falas, Trump comparou a situação da capital norte-americana a outras cidades em todo o mundo, incluindo Brasília, que classificou como uma das “piores localidades do planeta” em termos de segurança. Essa abordagem, por sua vez, gerou reações em diversas lideranças de outras capitais afetadas por suas generalizações.

Comparações com outras capitais

Outro embate se deu com a prefeita da Cidade do México, Clara Brugada, que também foi citada nas declarações de Trump. Em sua resposta, Brugada apontou que a Cidade do México teve uma taxa de homicídios de 10 por 100 mil habitantes em 2024, cifra que representa uma redução significativa em comparação a Washington, onde, segundo ela, foram contabilizados mais de 27 homicídios para cada 100 mil habitantes.

Esses dados colocam em xeque a construção do discurso de Trump sobre a segurança em capitais que ele considera problemáticas. Ao expor estatísticas que contradizem a sua afirmação, as autoridades locais estão não apenas defendendo suas cidades, mas também enfatizando a importância de analisarem as informações com precisão antes de realizar comparações simplistas.

A importância do diálogo entre nações

A situação destaca a relevância de um diálogo diplomático cuidadoso e respeitoso entre nações, especialmente quando questões sensíveis, como segurança e violência, entram em pauta. Para o governador Ibaneis Rocha, a construção de um entendimento mútuo é fundamental para que as relações entre Brasil e Estados Unidos se fortaleçam, beneficiando tanto a implementação de políticas internas quanto a cooperação internacional em diversas áreas.

O encaminhamento da carta é um passo significativo neste sentido, mostrando a disposição do governo do Distrito Federal em esclarecer mal-entendidos e reafirmar a realidade da segurança em Brasília. A partir da comunicação efetiva entre os líderes, espera-se que conjunto de medidas seja promovido, auxiliando na redução das tensões e na construção de um relacionamento mais saudável entre as duas nações.

Essa troca de informações será essencial para melhorar a percepção internacional sobre as cidades e para garantir que sua imagem não seja prejudicada por declarações infundadas. Por fim, a expectativa é que o diálogo prossiga visando a cooperação e o aprendizado mútuo na face dos desafios contemporâneos.

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