As tropas russas realizaram um avanço surpreendente na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, aprofundando-se a mais de seis milhas na segunda-feira, antes das próximas negociações de cessar-fogo entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin. Segundo agências internacionais, a movimentação parece força para usar a expansão territorial como elemento de pressão nas negociações de paz em Alasca.
Avanço russo e resistência ucraniana
De acordo com a Reuters, as forças russas se deslocaram por áreas próximas às cidades de Dobropillia, uma vila de mineração de carvão, além de tentarem se aproximar de Kostyantynivka e Pokrovsk. O governo ucraniano afirmou que enviou reservas para conter as ofensivas de pequenos grupos russos, enfrentando combates considerados \”difíceis\”. Leia mais
“Vemos que o exército russo não tem intenção de acabar a guerra. Pelo contrário, eles estão se preparando para uma nova ofensiva”, declarou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, nesta terça-feira. Ele reforçou a determinação de resistir às tentativas de ocupação russa na região de Donbas, incluindo a Crimeia, que foi anexada ilegalmente por Moscou há mais de uma década.
Perspectivas de negociações e posições internacionais
O avanço ocorre num contexto de tensão, enquanto Trump afirmou na semana passada que um eventual acordo de paz com Putin poderia envolver “troca de territórios para benefício de ambos”, uma proposta rejeitada veementemente por Zelensky. “Ukrainians will not gift their land to the occupier”, declarou o líder ucraniano, defendendo a integridade territorial do país.
Leaders europeus têm criticado a abordagem dos Estados Unidos por facilitar negociações sem a presença de Kiev e por considerar demandas territoriais de Moscou. Uma declaração conjunta assinada por França, Itália, Reino Unido, Alemanha, Polônia e Finlândia afirmou que “não se deve alterar as fronteiras internacionais pela força”, reafirmando o compromisso com o respeito às fronteiras soberanas.
Implicações para o cenário geopolítico
Analistas alertam que o movimento russo pode indicar uma tentativa de ganhar vantagem nas negociações, enquanto a comunidade internacional acompanha atentamente o desdobramento dos acontecimentos na região de Donetsk, que continua destacada como ponto central do conflito.
A situação permanece delicada, com as próximas semanas sendo cruciais para determinar se acontecerão avanços diplomáticos ou uma escalada no conflito armado. Fonte: TIME