No coração de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, famílias estão em clima de revolta após serem vítimas de um bufê que encerrou suas atividades de forma abrupta, deixando clientes sem a celebração prometida e sem o reembolso do valor pago. O Pri Salba Buffet Portal dos Sonhos, conhecido por oferecer pacotes completos que incluíam decoração, comida, bolo, fotografia e animação infantil, agora é alvo de investigação pela polícia.
Relatos de clientes lesados
Um dos casos mais impactantes envolve o açougueiro Joelson Nascimento e sua esposa Juliana, que contrataram os serviços do buffet para a festa de 1 ano do filho, com um investimento de R$ 3,9 mil. A festa estava marcada para o dia 19 de julho, mas, ao se aproximar a data, começaram a surgir relatos de problemas nas redes sociais, levantando suspeitas sobre a capacidade do buffet em cumprir os compromissos assumidos.
“Ela prometeu mundos e fundos pra gente na festa de um ano, que não aconteceu”, desabafa Joelson, visivelmente frustrado. Ao tentarem contato com uma das sócias do buffet, foram informados de que Priscila Salba, a proprietária da empresa, estava hospitalizada. Contudo, isso não os preparou para a bomba que viria a seguir: dois dias antes da celebração, descobriram que o salão reservado para o aniversário havia sido agendado para outras duas festas no mesmo horário — nenhuma delas foi realizada.
O impacto financeiro e psicológico
Jane, dona do espaço onde o buffet era realizado, também se declarou atingida pela situação. “Eu quero que as pessoas entendam que eu tô me sentindo lesada igual a todo mundo”, contou. A empresária teve que lidar com o impacto de anos de trabalho que foram desfeitos por uma falta de comprometimento e organização. Jane ainda revelou que Priscila lhe deve aluguéis e equipamentos, aumentando a sensação de impunidade diante da situação.
Comunicado e promessas não cumpridas
Nas redes sociais, o Pri Salba Buffet divulgou um comunicado informando que, devido a “motivos de saúde e colapso financeiro”, as atividades estavam suspensas. A nota prometeu que a empresa estava empenhada em ressarcir os clientes. Entretanto, muitas vítimas do calote garantem que não receberam nem uma resposta sequer sobre seus reembolsos. A proprietária tentou justificar que já havia feito pagamentos a alguns clientes e que estava sendo ameaçada, mas esses relatos são contestados por muitos que se sentem lesados.
Investigação policial em andamento
A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que estão ouvir testemunhas no inquérito relacionado ao caso. A investigação busca esclarecer as circunstâncias que levaram ao fechamento do buffet e se houve práticas fraudulentas por parte da empresária. A expectativa é que as autoridades consigam desvendar tanto a situação financeira da empresa quanto a possibilidade de reparação aos clientes lesados.
O futuro e lições aprendidas
Para muitas famílias, esse episódio traz à tona a necessidade de uma maior cautela ao escolher prestadores de serviços para eventos. A experiência amarga serve como um alerta para que mais cuidado seja tomado, e que os clientes pesquisem a reputação dos fornecedores antes de realizar contratações, especialmente em momentos de celebração como festas de aniversário.
As vítimas do Pri Salba Buffet esperam que a justiça seja feita e que mulheres e homens em situações semelhantes tenham a oportunidade de se manifestar. O caso não só gera indignação em Nova Iguaçu, mas também acende a discussão sobre as práticas comerciais em eventos e a necessidade de um maior rigor na fiscalização do setor.
Assim, as famílias esperam que a polícia avance na investigação e que justiça seja feita, não só para a sua dor, mas como um instrumento de proteção para futuras contratações no mundo dos buffets de festas.