O clima esquentou dentro do Partido Liberal (PL) com um importante movimento do deputado Gilvan da Federal (PL-ES), que enviará um pedido ao presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, para a expulsão do senador Romário (PL-RJ). O ex-jogador de futebol está enfrentando críticas internas por não ter assinado o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, que foi protocolado pela oposição no Senado.
A justificativa para a expulsão
Em entrevista ao Metrópoles, Gilvan mencionou que conversará com Valdemar Costa Neto na quarta-feira (13/8) sobre o assunto. Ele justifica o pedido alegando que Romário desobedeceu uma orientação do líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), que havia solicitado que todos os partidos do grupo assinassem o requerimento para destituição de Moraes.
Reações à pressão sobre Romário
Romário, que foi um dos jogadores mais icônicos da seleção brasileira e agora ocupa um espaço significativo na política, já está lidando com a pressão de outros membros do PL. Em suas declarações, ele afirmou que “não deve nada a ninguém” e que mantém uma boa relação com a sigla e suas lideranças, apesar da controvérsia.
Um dos críticos mais proeminentes da posição de Romário foi o pastor Silas Malafaia, conhecido por suas proximidades com figuras políticas da direita. De acordo com a coluna de Paulo Capelli, Malafaia teria enviado ao senador uma mensagem de WhatsApp expressando sua decepção e insatisfação com a postura do artilheiro. Até o momento, Romário não respondeu à mensagem.
A crise interna no PL
A situação reflete a crescente tensão dentro do partido, onde as lealdades políticas estão sendo testadas. Gilvan da Federal, ao pedir a expulsão de Romário, mostra que está disposto a tomar medidas drásticas para assegurar que as directrizes do partido sejam seguidas. Essa crise poderia provocar um efeito dominó, impactando a unidade e a estratégia política do PL, especialmente em um momento em que o partido enfrenta um cenário adverso no Congresso.
O que vem a seguir para Romário?
Agora, as atenções se voltam para como Romário irá se posicionar diante das pressões tanto internas quanto externas. O senador, que tem um passado glorioso como jogador e uma carreira política que ainda se solidifica, pode ter que manobrar cuidadosamente para evitar um rompimento definitivo com a liderança do PL, ao mesmo tempo em que tenta manter sua base de apoio popular.
A ausência da assinatura de Romário no pedido de impeachment enfatiza não apenas um desvio dentro da pauta política, mas também uma divisão que poderia se aprofundar ainda mais. O ex-atleta pode encontrar resistência tanto de seus colegas no Senado quanto de sua base de apoiadores, caso não se alinhe mais claramente com as expectativas do partido e da ala mais conservadora da política nacional.
Com o desenrolar dos eventos, fica claro que o futuro político de Romário está em jogo, e as discussões sobre sua possível expulsão do PL podem abrir novas frentes dentro da política brasileira. Na próxima semana, quando Gilvan conversar com Costa Neto, mais detalhes sobre este embrolho político devem surgir, deixando o Brasil atento a mais desenvolvimentos.
Para acompanhar as atualizações sobre a situação de Romário e outros temas políticos no Brasil, continue seguindo nossas reportagens.
