As autoridades e líderes comunitários de Baltimore estão engajados na iniciativa de trazer a escultura de Jesus chorando por uma vítima de homicídio, do artista canadense Timothy Schmalz, à cidade. A peça, já conhecida por sua forte mensagem contra o homicídio, será instalada após aprovação final do local.
Arte pública com mensagem forte em Baltimore
Depois de uma bem-sucedida campanha de troca de armas realizada em 9 de agosto, organizada pela Arquidiocese de Baltimore com o apoio da Polícia da cidade, do Mosteiro de São José e da coalizão Health by Southwest, o foco agora se volta para a instalação da escultura. A iniciativa busca refletir sobre a violência armada que assola Baltimore.
A obra, intitulada “Thou Shall Not Kill” (“Não matarás”), retrata Jesus em lágrimas por uma vítima de tiro, com múltiplas feridas de bala. A escultura de corpo inteiro foi criada em 2024 e atualmente está no Father Augustus Tolton Peace Center, em Chicago, um centro dedicado à prevenção da violência.
Schmalz e sua arte de forte impacto social
Reconhecido internacionalmente, Timothy Schmalz é conhecido por suas obras de arte cristã, incluindo esculturas de santos, anjos e, especialmente, a figura de Jesus como um morador de rua. Mais de 50 versões de “Homeless Jesus” estão distribuídas ao redor do mundo, em locais como Israel e o Vaticano.
Recentemente, a obra “Be Welcoming”, encomendada pelo Vaticano, foi instalada na Praça de São Pedro, buscando inspirar acolhimento e solidariedade aos marginalizados.
Agenda e expectativa para Baltimore
Para este ano, o objetivo é arrecadar cerca de 300 armas por meio do programa de devolução de armas, após adquirir aproximadamente 160 em 2023 e 300 em 2024. Até julho, cerca de R$ 60 mil foram arrecadados, permitindo a compra de 410 armas até o momento.
Apesar de uma redução temporária na criminalidade, incluindo a violência por armas de fogo, Baltimore enfrenta histórico de altos índices de homicídios, que chegaram a mais de 300 vítimas anuais entre 2015 e 2022. Em 2019, o número de óbitos foi de 348, quase igualando o recorde de 353, registrado em 1993.
Com a instalação futura da escultura, espera-se que a cidade promova um diálogo mais profundo sobre violência, vida e esperança, reforçando o compromisso de transformar a dor em mudança social.
