Brasil, 12 de agosto de 2025
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49% dos brasileiros defendem retaliação ao tarifão de Trump, aponta pesquisa

Majoridade de eleitores acredita que o Brasil deve responder na mesma moeda ao tarifão de 50% imposto pelos EUA, revela levantamento

A pesquisa Ipsos-Ipec divulgada nesta terça-feira (12) mostra que 49% dos eleitores brasileiros avaliam que o Brasil deve retaliar na mesma moeda ao tarifão de 50% imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos brasileiros. Outros 43% discordam que o país deva aplicar tarifas altas sobre os produtos americanos, indicando uma divisão na opinião pública sobre a resposta ao tarifamento.

Divisão na opinião sobre retaliar os EUA

Questionados se o Brasil deve responder na mesma moeda, aplicando tarifas altas sobre produtos dos EUA, 33% dos entrevistados disseram concordar totalmente, enquanto 16% concordam em parte. Por outro lado, 30% discordam totalmente dessa postura, e 13% discordam em parte, mostrando uma certa polarização. Outros 7% não souberam ou não responderam à questão.

Contexto e metodologia da pesquisa

A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 5 de agosto, um dia antes do tarifão de 50% entrar em vigor. Foram entrevistadas 2 mil pessoas em 132 cidades brasileiras, com nível de confiança de 95% e margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Percepções sobre o impacto político do tarifão

O levantamento aponta que 75% dos brasileiros acreditam que a medida teve motivação política, enquanto 12% consideram que foi uma questão estritamente comercial. Outros 5% veem a ação como uma combinação de fatores políticos e comerciais, e 8% não souberam ounão responderam.

Diferenças por perfil eleitoral e regional

O apoio à resposta na mesma moeda é mais forte entre eleitores de Lula (61%), moradores do Norte e Centro-Oeste (58%), jovens de 16 a 24 anos (55%), com ensino superior (53%) e mulheres (51%).

Já os contrários à retaliação com tarifas altas predominam entre apoiadores de Jair Bolsonaro (56%), moradores do Sul (52%), pessoas que vivem na periferia (52%) e evangélicos (50%).

Impacto na imagem dos Estados Unidos

Antes do tarifão, a pesquisa indicava que a imagem do país era majoritariamente positiva, com 48% considerando-a “ótima” ou “boa”. Atualmente, 38% dos entrevistados avaliam que sua percepção piorou, enquanto apenas 6% acreditam que melhorou, e 51% veem sua opinião como mantida.

Preferência por parcerias comerciais diferentes

Segundo o levantamento, 68% dos entrevistados defendem que o Brasil deve priorizar acordos com outros parceiros, como China e União Europeia. Destes, 45% concordam totalmente com essa ideia, enquanto 23% apoiam parcialmente. Apenas 15% discordam totalmente.

Risco de isolamento internacional

Embora a maioria perceba que o Brasil pode ficar mais isolado devido às tarifas impostas pelos EUA — com 60% argumentando a favor desse risco — 32% acreditam que o país não enfrentará maior isolamento. Quanto à questão, 38% concordam totalmente que o embate pode levar ao isolamento, enquanto 22% concordam em parte.

Especialistas e analistas avaliam que a postura do Brasil diante do tarifão influencia sua imagem e relação com o cenário internacional, com debates sobre possíveis estratégias de diversificação de parcerias comerciais e fortalecimento da economia local.

Para mais detalhes, acesse a fonte completa.

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