Brasil, 13 de agosto de 2025
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Vídeo de secretário de Defesa chama atenção por declarações polêmicas

O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, repostou vídeo com declarações de líder evangélico, gerando polêmica sobre direitos LGBTQ+.

Recentemente, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, repostou um vídeo que apresenta o líder do movimento evangélico cristão que ele apoia, Doug Wilson, fazendo declarações controversas sobre a criminalização do sexo entre pessoas do mesmo sexo. Esse episódio provocou reações em várias esferas, evidenciando a atual polarização em torno de questões de direitos humanos nos EUA.

Quem é Doug Wilson e suas afirmações

A segmentação da CNN destaca Wilson, que é co-fundador da Comunhão das Igrejas Evangélicas Reformadas (CREC). No vídeo, o religioso menciona que, nas décadas de 70 e 80, a sodomia era considerada um crime em todos os 50 estados americanos. “A América daquele tempo não era um inferno totalitário”, diz ele, expressando seu desejo de que tais leis retornem, tornando novamente o sexo entre pessoas do mesmo sexo ilegal.

Historicamente, a sodomia foi criminalizada em todos os estados até 1962, quando Illinois se tornou o primeiro a retirar as penas para tal ato consensual. A Suprema Corte dos EUA revogou a proibição do sexo gay em 2003 com a decisão do caso Lawrence v. Texas.

Outras declarações polêmicas do vídeo

Além de suas opiniões sobre a sodomia, Wilson também faz outros comentários controversos no vídeo. Ele sugere que alguns proprietários de escravos americanos eram “seres humanos decentes” e afirma que as mulheres deveriam se concentrar na maternidade. “As mulheres são o tipo de pessoas de que as pessoas vêm”, afirma, o que provocou indignação entre defensores dos direitos das mulheres.

O vídeo apresenta ainda uma membro da congregação que afirma que “submete-se” ao marido e um pastor pedindo a revogação da Décima Nona Emenda, que garantiu o direito de voto às mulheres. Essas afirmações contribuíram para aumentar a controvérsia sobre o vídeo repostado por Hegseth.

Reação e apoio ao pastor Wilson

Após a divulgação do vídeo, o porta-voz principal do Pentágono, Sean Parnell, comentou que Hegseth é um “membro orgulhoso” da igreja associada à CREC e que valoriza as obras e ensinamentos de Wilson. Ele também sublinhou a relação próxima entre Hegseth e Wilson, levantando críticas sobre a posição do secretário em relação a temas que afetam a comunidade LGBTQ+.

Vale destacar que, durante o processo de nomeação de Hegseth como secretário de Defesa, surgiram comentários passados dele defendendo que mulheres não deveriam servir em funções de combate nas Forças Armadas, o que desencadeou uma nova onda de controvérsias. Em uma estratégia para garantir sua nomeação, Hegseth recuou dessas afirmações, sendo finalmente confirmado com o voto de desempate do vice-presidente.

Polêmicas recentes e seus desdobramentos

Desde que assumiu o Pentágono, Hegseth impôs normas de condicionamento físico mais rigorosas para mulheres e removeu pelo menos cinco oficiais militares femininas de cargos de liderança. Ele também causou polêmica ao convocar seu pastor pessoal para liderar um círculo de oração mensal no Pentágono, onde o pastor louvou o ex-presidente Donald Trump como um ungido divinamente.

Apesar de ser um cristão devoto, Hegseth enfrentou críticas durante o processo de nomeação por conta de relatos que evidenciaram infidelidades em seu primeiro casamento. Hegseth já foi casado três vezes e suas relações pessoais frequentemente se tornam foco de críticas e debate público.

Além disso, ele possui várias tatuagens controversas com temas cristãos, algumas das quais foram vistas como anti-muçulmanas e outras que fazem referência às Cruzadas, gerando ainda mais debate sobre suas crenças e valores.

O vídeo repostado e as afirmativas de Hegseth expuseram as tensões em torno do papel da religião na política e produziram um diálogo crucial sobre os direitos humanos, liberdade religiosa e a luta por igualdade em um ambiente cada vez mais polarizado.

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