Brasil, 11 de agosto de 2025
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Suspeito é preso por vandalismo no Muro das Lamentações

Na segunda-feira, 11 de agosto de 2025, a polícia israelense prendeu um suspeito judeu de 27 anos, acusado de vandalizar o Muro das Lamentações, o segundo local mais sagrado do judaísmo. O ato provocou reações de condenação de várias autoridades e comunidades religiosas em Israel.

A prisão e o ato de vandalismo

A detenção do suspeito ocorreu pela manhã, conforme informou a polícia de Jerusalém. Segundo a nota oficial, ele foi preso para interrogatório por suspeita de ter pichado a frase “Há um Holocausto em Gaza” nas pedras antigas do Muro das Lamentações, além de também ter marcado as paredes externas da Grande Sinagoga da cidade com grafites similares.

A Autoridade de Antiguidades de Israel foi responsável pela remoção imediata das pichações, que ocorreram na área da “Ezrat Yisrael”, um espaço de oração igualitário. O suspeito deve ser apresentado a um tribunal ainda na mesma segunda-feira, onde a polícia solicitará a extensão de sua detenção.

Reações das autoridades e da comunidade

Rabbi Shmuel Rabinowitz, responsável pelo Muro das Lamentações, expressou indignação sobre o ocorrido: “Um lugar sagrado não é palco para expressar protestos de qualquer tipo, e muito menos quando isso acontece no lugar mais sagrado de todo o povo judeu.” O rabino solicitou que a polícia investigue o ato e leve os responsáveis à justiça.

A condenação ao vandalismo foi unânime entre os líderes políticos de Israel. O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, afirmou que o autor “se esqueceu do que significa ser judeu”, destacando a importância histórica e espiritual das pedras do Muro, que são símbolo do sofrimento e da resiliência do povo judeu ao longo da história, incluindo o Holocausto.

Por sua vez, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, afirmou que se sentiu “chocado” ao ver o desrespeito demonstrado ao Muro, enquanto o ministro da Defesa, Israel Katz, denunciou o ato como “vil e uma ultrapassagem de uma linha vermelha que não pode ser tolerada”. Katz acrescentou que ofender locais sagrados é um ataque a todo o povo judeu.

Discussões sobre o respeito aos locais sagrados

Em meio à polêmica, Benny Gantz, líder do partido Azul e Branco, enfatizou que o vandalismo no Muro das Lamentações é “um crime contra todo o povo judaico” e reforçou que os locais sagrados devem permanecer além de quaisquer disputas. O prefeito de Jerusalém, Moshe Lion, condenou veementemente o ato, afirmando que “não há justificativa para danificar um símbolo nacional e espiritual do povo judeu”.

Este incidente de vandalismo não é o primeiro em relação ao Muro das Lamentações. Em 2019, um grupo de indivíduos pichou a frase “Matem os judeus” em uma seção do muro. Esse tipo de ação leva a discussões haláquicas (legais no judaísmo) sobre a remoção de pichações de locais sagrados, indicando a profundidade e complexidade da relação do povo judeu com seus símbolos e locais sagrados.

Enquanto a polícia continua a investigação sobre o ocorrido, o caso levanta questões fundamentais sobre respeito e a proteção do patrimônio sagrado, que são vitais não apenas para aqueles em Israel, mas para judeus em todo o mundo.

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