Brasil, 11 de agosto de 2025
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Recompensa dos EUA por informações sobre Maduro é elevada para 50 milhões

A administração Trump dobra a recompensa por informações sobre o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em um contexto de tensões políticas.

A administração do presidente Donald Trump elevou para 50 milhões de dólares a recompensa por informações que possam levar à captura do presidente venezuelano Nicolás Maduro. Considerado um dos principais narcotraficantes do mundo, Maduro é acusado pelos Estados Unidos de ter vínculos estreitos com cartéis de drogas, incluindo o “Tren de Aragua” e o cartel de Sinaloa. A nova oferta de recompensa reflete a escalada das tensões políticas entre Washington e Caracas, que considera essa medida como uma tentativa de propaganda política.

Aumento da Recompensa e Contexto Político

Inicialmente estabelecida em 15 milhões de dólares em 2020, a recompensa foi aumentada para 25 milhões durante a administração de Joe Biden. A decisão recente, anunciada pela procuradora-geral Pam Bondi, marca uma intensificação das acusações contra Maduro e também contra seu ministro do Interior. Washington vê essas ações como uma resposta necessária ao crescente problema do tráfico de drogas, que afeta Estados Unidos e outros países da região.

Reação de Caracas

As autoridades venezuelanas não tardaram a responder ao anúncio. O ministro das Relações Exteriores de Caracas, Yvan Gil, criticou a decisão da administração Trump, chamando-a de “patética” e acusando-a de ser uma “propaganda política”. Segundo Gil, os Estados Unidos estão tentando desviar a atenção do público de questões internas, como o caso Jeffrey Epstein, que atraiu grande atenção da mídia.

Acusações de Narcotráfico e Corrupção

Desde sua chegada ao poder, Trump não poupou esforços para acusar Maduro e seus colaboradores de diversos crimes, incluindo narcotráfico, narcoterrorismo e corrupção. O ex-chefe da inteligência militar da Venezuela, Hugo Carvajal, que foi preso na Espanha, declarou-se culpado de vários crimes relacionados ao tráfico de drogas e ganhou destaque por suas ligações com o governo venezuelano.

As relações entre os Estados Unidos e a Venezuela têm sido extremamente tensas nos últimos anos, especialmente após as controvérsias relacionadas às eleições na Venezuela e às alegações de fraude que impediram o reconhecimento internacional dos resultados. Em julho de 2024, Maduro reivindicou a vitória em eleições que a comunidade internacional não reconheceu, levantando ainda mais suspeições quanto à validade de seu governo.

A luta contra o tráfico de drogas na América Latina

A elevação da recompensa por Maduro também reflete uma preocupação mais ampla com o tráfico de drogas na América Latina. O cartel de Sinaloa e outras organizações criminosas têm desempenhado um papel significativo no tráfico de cocaína para os Estados Unidos. A colaboração com o “Tren de Aragua”, uma gangue venezuelana de crescente notoriedade, aumenta a preocupação sobre o envolvimento do governo venezuelano no narcotráfico.

Além disso, a crescente onda de violência relacionada ao tráfico em toda a região impacta não apenas a Venezuela, mas também países vizinhos e os próprios Estados Unidos. A administração americana está sob pressão para responder a essas questões complexas, o que pode explicar a intensificação das ações contra Maduro e outras figuras centrais do governo venezuelano.

Implicações e Futuro das Relações EUA-Venezuela

Com a duplicação da recompensa, é evidente que as relações entre os Estados Unidos e a Venezuela não mostrarão sinais de amolecimento tão cedo. A administração Trump parece determinada a pressionar Caracas, enquanto o governo Maduro busca reafirmar seu controle, respondendo às acusações que recebe. A situação permanece tensa, e a diplomacia será testada nos próximos meses à medida que ambas as partes tentam navegar por esse cenário complexo e volátil.

O futuro das relações entre os dois países continua incerto, mas uma coisa é certa: a luta contra o narcotráfico e a questão da corrupção na Venezuela são tópicos que permanecerão na agenda internacional.

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