A seleção feminina de futebol da Espanha passa por mais uma mudança em sua comissão técnica. Montse Tomé, que assumiu o cargo após a demissão de Jorge Vilda, decidiu se afastar do comando da equipe. A decisão foi tomada pelo Conselho Deliberativo da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), que conta com 30 membros, incluindo 15 mulheres. A reunião que selou o destino de Tomé ocorreu nesta última segunda-feira e representa uma nova etapa para a seleção após um recente histórico conturbado.
A trajetória de Montse Tomé à frente da seleção
Ao herdar uma seleção campeã do mundo em 2022, Tomé se deparou com o desafio de manter o cansaço e o desempenho da equipe. Desde que assumiu o cargo em setembro de 2023, ela conquistou o título da Liga das Nações em 2024, porém, o desempenho nas Olimpíadas de Paris deixou a desejar, com a seleção espanhola ficando na quarta colocação. Mais recentemente, durante a Euro, a equipe foi vice-campeã, após uma emocionante disputa nos pênaltis contra a própria Espanha, que já era bicampeã sob o comando da técnica Sarina Wiegman.
O contexto do futebol feminino na Espanha
A saída de Tomé ocorre em um momento crítico para o futebol feminino na Espanha, que tem enfrentado diversas controvérsias. A demissão de Jorge Vilda ocorreu em um ambiente de críticas tanto das jogadoras quanto em meio ao caso de assédio envolvendo o presidente da Federação, Luis Rubiales, que envolveu a atleta Jenni Hermoso. A importância de ter uma representação feminina no comando da comissão técnica é uma evolução significativa para a RFEF, refletindo um compromisso com a inclusão e a diversidade.
Quem é a nova treinadora da seleção?
Com a saída de Tomé, a nova treinadora da seleção feminina será a ex-jogadora e atual técnica da seleção sub-23, Bermudez. Com um currículo impressionante, Bermudez conquistou recentemente dois títulos da Euro sub-19 (2023 e 2024), o que lhe garantiu a promoção para o cargo atual. Ela iniciou sua carreira de treinadora pouco tempo após se aposentar como jogadora profissional, onde atuou de 2002 a 2020 e acumulou 13 títulos com clubes renomados como Rayo Vallecano, Barcelona e Atlético de Madrid.
A nova treinadora também tem experiência internacional, tendo sido convocada entre 2019 e 2016 e participado da campanha que levou a seleção às quartas de final da Copa do Mundo de 2015. Essa trajetória impressionante coloca Bermudez em uma posição privilegiada para tentar reerguer a seleção feminina em um momento de transição e novas expectativas. O desafio agora será manter a tradição de sucesso e ampliar ainda mais a participação da mulher no esporte, algo que vem ganhando importância a cada dia no cenário espanhol.
Futuro da seleção feminina
O futuro da seleção espanhola feminina é agora um tema de grande interesse. Com a nova liderança sob Bermudez, a expectativa é que a equipe se reestruture e busque um retorno ao orfeão dos títulos, consolidando a força e a competitividade do futebol feminino no país. As expectativas para as próximas competições são altas e a RFEF marcou a decisão de trazer novos ares para a comissão técnica, fator vital para que a seleção entre viva nas competições futuras.
A passagem de Montse Tomé pela seleção é um capítulo que traz à tona a constante evolução e os desafios que o futebol feminino enfrenta, refletindo a necessidade de adaptabilidade em um mundo em constante mudança.