Em um desabafo durante o programa “Papo de Bola”, Mauro Cezar Pereira, renomado comentarista esportivo, não poupou críticas ao comportamento dos jogadores adversários frente ao ícone do futebol brasileiro, Neymar. Segundo ele, a relação muitas vezes excessiva de admiração entre os rivais e o atacante do Santos gera situações desconfortáveis e, em muitos casos, compromete a competitividade dos jogos.
A postura “patética” dos adversários
Cezar classificou como “patética” a reação de alguns jogadores que parecem reverenciar Neymar em campo, ao invés de concentrar-se na disputa. Ele destacou um exemplo recente envolvendo o jogo entre Flamengo e Santos, onde as ações dos adversários foram vistas como uma verdadeira “vergonha”. “O Santos se mobilizou para aquele jogo, jogou defensivamente, o Neymar fez o gol e estavam reverenciando ele. Uma vergonha, uma coisa patética”, comentou.
Para Mauro, o problema não diz respeito apenas aos comportamentos dos jogadores, mas também à função dos técnicos e da equipe de liderança. Ele defende que os treinadores devem chamar seus jogadores à responsabilidade antes das partidas, pedindo que deixem a idolatria de lado e tratem Neymar como qualquer outro adversário. “O técnico tem que cobrar e deixar claro: ‘Não quero essa gracinha aqui. É adversário”, disse.
Consequências da idolatria no campo
A crítica à admiração excessiva por Neymar foi reforçada por Mauro Cezar em relação a outra partida recente, onde a mesma situação se repetiu com o Cruzeiro. “O jogo do Cruzeiro teve um comportamento semelhante. O técnico tem que cobrar, o diretor de futebol, o chefe tem que cobrar. É preciso dizer que aqui não tem esse negócio”, ressaltou o comentarista.
Ele questionou o profissionalismo dos atletas que, segundo ele, colocam a idolatria acima do espírito de equipe e da competição. “Que profissional é esse, que a idolatria por um jogador fala mais alto do que o time que ele defende? Isso é uma piada”, finalizou Mauro Cezar.
Neymar em campo: desempenho e expectativas
Neymar, que recentemente deixou o Paris Saint-Germain (PSG) para retornar ao Santos, tem enfrentado uma fase de adaptação no futebol brasileiro. Desde sua volta, ele conseguiu atuar por mais de 90 minutos em seis partidas consecutivas. No último jogo contra o Cruzeiro, porém, deixou a desejar em termos de performance pessoal, perdendo uma chance clara de gol que poderia ter sido decisiva na partida.
Apesar da vitória do Santos, a atuação do atacante não brilhou como esperado, e muitos torcedores e críticos esperam uma entrega maior do craque, especialmente em momentos de pressão. Neymar passou por uma fase complicada em sua carreira e a expectativa é que sua magia em campo retorne ao nível que o consagrou como um dos melhores jogadores do mundo.
Com as críticas de Mauro Cezar em mente, será interessante observar se o comportamento dos adversários em relação a Neymar irá mudar, e como isso poderá impactar no desenrolar das próximas partidas do Santos e no campeonato como um todo.
Com a crescente pressão sobre Neymar e a responsabilidade de liderar sua equipe, a atenção na sua próxima atuação será intensa. O dilema entre humildade e competitividade continua a ser um tema quente nas discussões do futebol brasileiro.