No cenário político recente, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, fez declarações contundentes em relação à atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sobre o tarifaço, além de projectar a participação do seu partido nas próximas eleições. Em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, Kassab destacou que a postura de Bolsonaro é “totalmente inadequada”, ressaltando a importância de defender os interesses do Brasil perante o desafio tarifário com os Estados Unidos.
A crítica a Eduardo Bolsonaro e o tarifaço
Durante sua participação no programa, Kassab não poupou críticas ao deputado, afirmando que “o grande erro do Eduardo Bolsonaro tem sido se colocar em solidariedade ao tarifaço”. Para ele, este posicionamento é um desvio de foco, considerando que um deputado federal deve priorizar os interesses do país. Ele frisou que a defesa do tarifaço por parte de Bolsonaro pode ser vista como um “erro muito grande”.
A discussão sobre tarifas e comércio é especialmente crítica neste momento, com o Brasil enfrentando pressões internacionais. Kassab enfatizou que a postura do deputado, ao não se alinhar com aqueles que defendem os interesses do Brasil, compromete a atuação política do país em um cenário global cada vez mais desafiador.
Kassab critica a Lei Magnitsky e sua aplicação
Além de criticar Eduardo Bolsonaro, Kassab também se posicionou contra a imposição da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e outras autoridades brasileiras. Para Kassab, o uso desta lei para fins políticos é “inadequado” e pode ser uma arma poderosa quando utilizada de forma errada. Ele alertou que isso pode resultar em retaliações do governo americano, especialmente num momento delicado para as relações entre Brasil e Estados Unidos.
O presidente do PSD recebeu informações de que houve um comunicado da embaixada americana com ameaças sérias, o que gerou preocupação em relação à segurança política do Brasil. Kassab afirmou que “todo brasileiro deverá ter receio”, citando a gravidade da situação transmitida pelo secretário de Estado americano.
O futuro do PSD e possíveis composições em 2026
Ao longo da entrevista, Kassab também abordou os planos do PSD para as eleições de 2026, afirmando que o partido está deliberando sobre uma candidatura própria, afastando-se do governo de Lula. Ele indicou que nomes como os governadores Ratinho Júnior e Eduardo Leite estão à disposição para a disputa. No entanto, ele não descartou a possibilidade de compor com outros candidatos, especialmente com Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, que pode ser um aliado estratégico nas próximas eleições.
Kassab assegurou que não haveria resistência em formar uma chapa com Tarcísio, caso ele decida avançar em sua candidatura à presidência. Para o dirigente do PSD, a definição final dependerá de uma “situação muito favorável”. Ele acredita que, caso Tarcísio entre na disputa, ele será um forte candidato na centro-direita, especialmente se houver incertezas sobre sua reeleição como governador.
A corrida eleitoral e o cenário político
Por fim, Kassab manifestou suas impressões sobre a corrida eleitoral, sugerindo que pode haver prioridades na colocação dos filhos de Jair Bolsonaro – Eduardo, Flávio e Michelle – em corridas ao Senado, o que poderia deixar Tarcísio menos pressionado em uma possível candidatura. Para Kassab, a melhor decisão para Tarcísio seria focar em concluir seus projetos em São Paulo, ao invés de se distrair com as incertezas de uma campanha presidencial.
Essas declarações de Kassab trazem à tona questões cruciais sobre alianças políticas, estratégias eleitorais e a necessidade de foco nas prioridades nacionais em tempos de incertezas econômicas e políticas. O cenário político brasileiro se mostra complexo e repleto de desafios, onde cada decisão pode ter impactos significativos para o futuro do país.