Brasil, 11 de agosto de 2025
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Juiz rejeita pedido para tornar públicas depoimentos de Maxwell

Decisão reforça a importância do sigilo nas investigações e questiona o real interesse do governo na divulgação dos documentos

Um juiz federal rejeitou nesta segunda-feira (27) o pedido da Administração Trump para desclassificar as transcrições do júri que levou à acusação de Ghislaine Maxwell, condenada por tráfico sexual relacionada ao caso Epstein. A decisão reforça a relevância do sigilo nas investigações de grand jury.

Justiça destaca a necessidade de segredo em processos de júri

O juiz Paul A. Engelmayer afirmou que a divulgação dessas informações só deve ocorrer em circunstâncias “raras e excepcionais”. Para ele, solicitar a liberação das transcrições seria “aplicar a exceção de forma casual ou promíscua”, o que viola o princípio de confidencialidade das investigações.

Questionamentos sobre a validade do pedido do governo

Engelmayer criticou ainda a justificativa do governo para o pedido, dizendo que “contrariamente à narrativa oficial”, o depoimento de Maxwell ao júri não possui interesse histórico ou público significativo. Segundo o juiz, grande parte das informações já foi revelada durante o julgamento da própria Maxwell.

“A premissa inteira — de que os materiais do júri trariam informações novas e relevantes sobre os crimes de Epstein e Maxwell — é demonstravelmente falsa”, afirmou na decisão. Ele acrescentou que a divulgação poderia expor a tentativa do governo de aparentar transparência, quando, na verdade, estaria buscando “diversão” ao divulgar os documentos.

Contexto do pedido e reação do Departamento de Justiça

O Departamento de Justiça (DOJ) solicitou a liberação de transcrições do júri e outros materiais relacionados aos casos de Epstein e Maxwell, diante de críticas crescentes sobre a condução do caso pelo governo Trump.

Especialistas afirmam que a decisão reforça a necessidade de manter o sigilo em investigações desse tipo, especialmente em casos sensíveis de abuso sexual e tráfico de pessoas, onde o avanço de informações prematuras pode prejudicar o andamento das investigações.

Perspectivas futuras e impacto na transparência

Com a rejeição do pedido, há pouca expectativa de que os documentos sejam tornados públicos em breve, mantendo a confidencialidade de um dos casos mais complexos e discutidos dos últimos anos. Analistas apontam que essa decisão reforça o compromisso da justiça com a proteção de testemunhos e informações sigilosas.

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