Brasil, 17 de agosto de 2025
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Governo brasileiro discute plano de contingência contra tarifas dos EUA

Nesta segunda-feira, governo se reúne para definir ações em resposta às tarifas de 50% impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, se encontram nesta segunda-feira (11) para discutir os últimos detalhes do plano de contingência que visa socorrer os setores da economia brasileiros impactados pelas tarifas recentemente impostas pelos Estados Unidos. Esta medida, que vem gerando preocupação entre os exportadores, foi definida pelo presidente norte-americano, Donald Trump, e terá seu conteúdo e possíveis soluções divulgados até amanhã, dia 12.

Impacto das tarifas para a economia brasileira

O foco principal da reunião de hoje entre Lula e Alckmin é a criação de um conjunto de ações para mitigar os impactos das tarifas de 50% que começaram a valer no último dia 6. Essa taxa afeta cerca de 35,9% das mercadorias brasileiras exportadas para os EUA, totalizando aproximadamente 4% das exportações do Brasil. O governo federal, através de Alckmin, está negociando diretamente com autoridades americanas enquanto mantém diálogo com o setor produtivo nacional, visando encontrar soluções que possam ajudar os produtores locais.

O plano de contingência está sendo elaborado com um olhar especial para os pequenos produtores, que são os mais vulneráveis e, em muitos casos, dependentes das exportações para os Estados Unidos. Uma das principais propostas é a concessão de crédito para as empresas mais impactadas, além do aumento nas compras governamentais de produtos afetados pelas tarifas.

Ações em prol dos pequenos produtores

Entre as diretrizes discutidas, destaca-se a necessidade de criação de um parâmetro que avalie os efeitos das tarifas sobre os diferentes setores da economia. Isso permitirá que o governo tenha um diagnóstico preciso do impacto e consiga direcionar as medidas de forma mais eficaz.

Além de socorrer os exportadores, o governo busca ampliar a lista de setores que não estão sujeitos à tarifa imposta por Trump. Atualmente, cerca de 700 produtos brasileiros não foram afetados por essa nova taxa, mantendo, ainda, o pagamento de uma tarifa de 10%. Entre os itens que permanecem com condições favoráveis estão sucos e polpas de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes, além de aeronaves civis e seus componentes.

O papel da diplomacia econômica

O contexo dessa reunião é crítico, pois a imposição de tarifas por parte dos EUA sinaliza uma deterioração nas relações comerciais entre os dois países. A tentativa do governo brasileiro de negociar e reverter essa situação demonstra a importância da diplomacia econômica, que busca preservar as relações comerciais estratégicas. O aumento das taxas não só ameaça a economia, mas também a confiança que os produtores têm em mercados externos.

A reunião programada para esta tarde promete ser um passo significativo para a definição de estratégias que possam minimizar os danos às relações comerciais e assegurar a proteção dos pequenos e médios exportadores brasileiros, essenciais para a economia do país.

À medida que o governo avança nas negociações e divulga o seu plano de contingência, a expectativa permanece alta entre os setores envolvidos. A esperança é que essas medidas ajudem a estabilizar a economia e proporcionar um alívio necessário aos que dependem das exportações para sua sobrevivência.

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